52 usuários online |
| |
|
Poesias-->NEVOEIRO DISTANTE -- 13/04/2000 - 16:44 (sidney pires) |
|
|
| |
NEVOEIRO DISTANTE
Nas tardes que já morreram
Imensamente belas, dos dias outonais,
As horas dançavam mafuás dolentes
E os caminhantes em passadelas diagonais
Nem percebiam o perfume pairando no ar
Balsamizando e incensando todas gentes
Bem de tardinha começava a levantar
Poeira fina dos pés das horas
Frenéticas, que não paravam de dançar
E o nevoeiro se alastrava
Tudo cobria e até obstava
O compasso e o ritmo das horas dançarinas
Presentemente, quando luto por lembrar
Daquelas tardes místicas, os dias outonais,
Que pena! Só há nevoeiro no ar
Um tipo ladino de fumaça enganosa
A lembrar um perfume perdido de rosa
Como a me alertar........
Viva lindamente o teu presente
Que os frágeis dias foram feitos
Para a névoa apagar
|
|