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Poesias-->CLAUDIONOR...QUEM DIRIA! -- 30/11/2001 - 09:17 (guido carlos piva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao machão brasileiro



Claudionor sempre foi um cara sorridente.

Vestia terno branco, sapato reluzente...

Pinta no bigode. Gravata com desenho de um bode.

Ao lado do chapéu, uma marca carimbada:

Homenagem de amigos como rei da batucada.

Usava calça larga, quando não, boca de sino

Desfilava em madrugadas como grande figurino!

Claudionor era do tempo que malandro era prezado

Nunca foi do morro, como fosse, era tratado!

De cabelo carapinha, de topete engomado!

Cantava muita prosa por viver desempregado

Na cacheta: campeão!

Nas mesas de boteco, ganhava de marreco

Jogava palitinho pra beber rabo-de-galo

No truco é que mandava sua grana para o ralo!



Claudionor vivia à toa: somente de paisagem.

No clube dos poetas era grande personagem.

No samba, atração, sambava a noite inteira

Dançava “quadradinho”, bolero e capoeira

Conhecia, namorava, muita moça de futuro

Corria se escondia de marido atrás do muro

Na valia das mulheres, no salão, era primeiro

Na escala de valores, era puro galinheiro

Bebia uma cerveja na maior tranqüilidade,

Comia torresminho, cedinho ou muito tarde

Brincava de rasteira pra poder se exercitar

A navalha bem certeira era só pra amedrontar

Amigo de polícia, companheiro de ladrão

Vestia-se de malícia, só brigava com razão

Disfarçava ter coragem, cantava samba enredo

Na hora do aperto, fingia não ter medo

Assim é que vivia, o boa-vida Claudionor

Tranqüilo, bem sereno, não ligava pro andor...

Até que num belo dia, Zulmira o conheceu

Loira, muito quente, Claudionor se derreteu

Esqueceu o jeito “esperto”, sem querer se apaixonou

No passar de nove meses, por um filho se casou...



Cinco anos se passaram, mais cinco filhos Deus lhe deu.

Trabalha como louco, nem sabe o que ocorreu!

Acabou a boemia, o que era já morreu.

Perdeu a fama antiga, seu terno pendurou!

A Zulmira, bem... A Zulmira, coitadinha...

Lava roupa todo dia... Trinta quilos engordou!



***

O que sobrou da história:



“TODO MALANDRO MUITO ESPERTO... TEM SEU DIA DE MARRECO!”.

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