Lendo aí as coisas usináceas, me lembrei do Chomski, e de uns outros livrinhos que tratam, em diferentes graus e maneiras, das estratégias de manipulação cultural utilizadas por governos ou instituições.
Tem um bem didático, daquele tipo que costuma ser utilizado por professores preguiçosos, que trata da invasão cultural
norte-americana. A uma certa altura, a autora discorre sobre a maneira como a mídia trata desde as revoluções, até a criminalidade em geral, ou seja, como fatos isolados, fora de seu contexto sócio-econômico-cultural, distorcendo os fatos de modo a repassar a idéia de que são fruto de mentes perturbadas, que fogem à "normalidade".
Essa visão errônea e preconceituosa é reproduzida pela população em suas vidas, e não são poucos os que pautam seu comportamento de acordo com esse tipo de convenção, enxergando em uma construção social humana uma espécie de "ordem natural" fixa e imutável. Aquele que de algum modo não se encaixa nos padrões ditados e aceitos passa a ser visto como "louco".
Pois bem, a parte interessante fica por conta do fato de as mesmas pessoas que não acreditam em telecinése, telepatia, pirocinese, teleporte, viagem no tempo e conceitos similares acreditarem em idéias tão irreais quanto, tais como a democracia, ou o estado.
Imagino que a esta altura todos os usináceos que vierem a ler o texto ou estarão torcendo o nariz, ou com um sorriso no canto dos lábios. Aos primeiros afirmo que vcs não tão ligados, e que se não me engano foi Aristóteles que disse que há uma lógica por trás da lógica (eu gosto dessa frase). Aos demais, que riam, afinal risadas são legais.
As pessoas não acreditavam no avião, e ele voa. Não acreditavam em bomba atômica, nem em dinamite! A existência de universos paralelos está sendo comprovada matemáticamente. Dá nada não, depois vcs me pedem desculpas e eu, magnânimamente concedo.
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