Que surpresa! Você é portuguesa! Adoro Portugal. Sou descendente de minhotos, os ancestrais Manuel Gonçalves (tinha que ser Manuel...) e dona Maria Madalena vieram de Vila Nova de Famalicão, em 1788. Instalaram-se no Rio de Janeiro. Um dos seus filhos, Vitoriano José da Costa, foi para Guaratinguetá, lá se casou e teve filhos, um dos quais meu tataravô. Este, de nome Manuel José da Costa e Oliveira (não sei de onde, raios, apareceu esta Oliveira). Que depois mudou de lugar e o nome da família passou a ser “de Oliveira Costa”, o qual conservamos até hoje. Aliás, alguns prenomes também se repetem, principalmente o José. Meu bisavô era José, mas acompanhado de... Crescêncio (coitadinho). Meu pai, José Geraldo. Tenho um irmão José. E sabe como se chama meu filho? ... José Manuel!
Até parece cem anos de solidão...
Estou a falar desses antepassados com tantos detalhes não porque tenha tudo registrado na minha fabulosa memória. É porque tenho aqui ao lado um documento sobre os portugueses no Rio de Janeiro...
E por esse documento também fiquei sabendo que a mãe do tataravô (o que ela é minha?) D.Inês Teodora “fez construir a suas expensas a igreja de Santa Rita, e que até hoje existe no bairro do mesmo nome, em Guaratinguetá. Conta a tradição oral que na construção do templo, edificado em 1846, dona Inês participou com seu trabalho.” Viu só?
Um dia, estando eu em Lisboa, falei ao pai de uma amiga sobre minha ascendência lusitana. Foi ele, então, quem me chamou de “minhota”, e acrescentou: “Dá pra se veire que conservas tua origem. És baixinha e redondoca.”