Alunos do curso de Comunicação Social saíram buscando informações sobre os indígenas rondonienses. Ficaram surpresos com os números encontrados. Os números indicam redução das populações tradicionais, principalmente pelo assédio de garimpeiros e grupos madeireiros. Há também interesse de agricultores e pecuaristas pelas terras, em detrimento dos povos primeiros.
Um dos pontos que chamou a atenção dos alunos foi a despersonalização das comunidades, principalmente pela substituição das religiões e costumes primitivos por seitas cristãs, principalmente.
O choque cultural já causou tantos malefícios que basta enumerar alguns pontos, como o temor de coisas naturais, a obediência a igrejas não estabelecidas no solo brasileiro, a criação do pecado onde havia o costume tribal, a adoção de novos padrões e até radicalismos desnecessários, conflitivos, onde antes havia a harmonia de comunidades.
Em troca dos pacotes de macarrão, de roupas de segunda ou terceira categorias, televisões, rádios, parabólicas, automóveis e outras quinquilharias ocidentais os silvícolas entregam riquezas incalculáveis. O velho costume europeu é utilizado pelos seus descendentes para tomar conta da terra rondoniense.
Nesta luta de culturas tudo leva a crer que os indígenas vão assimilar costumes para não serem eliminados fisicamente, e as condições de luta e resistência são muito desiguais.
Algumas entidades, principalmente ligadas a igrejas, defendem os direitos de quem segue linhas genéricas de comportamento. Mais flexível do lado católico do que do lado evangélico.
Como colonizadores potenciais, tiram as terras e a religião dos indígenas, o que facilitará a inserção dos habitantes primeiros ao sistema capitalista. Os valores dos indígenas vão ficar igual ao da sociedade ocidental, toda torta, com ou sem religião.
Os indígenas têm muito a aprender conosco, mas pouco espaço deixamos para aprender com eles.
Apenas para ilustrar, entre os indígenas do grupo Tenharín, que habitam o Amazonas, existe um viagra natural, que é o chá da raiz da samambaia.
Quem garante a eficácia do chá é um pajé, com cerca de 100 anos, que "atua" com a virilidade de um índio de 20. Quem descobriu foram os alunos. Quem tiver curiosidade procure os indígenas para descobrir mais algumas coisas. Além do viagra natural eles têm muito para ensinar. É só tratar com respeito.
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