Viva ao que é menos pior
Por Rodolfo Amstalden
Já dá para perceber.
A economia brasileira está a reverter tendências de queda.
Não é da natureza humana celebrar menores quedas.
Queremos mesmo é comemorar as altas; de preferência, cada vez maiores.
Mas reversão de queda é o que temos por ora, e dou graças.
A linha é tênue entre o parar de piorar e o começar a melhorar.
No mundo financeiro, aqueles investidores que tentaram traçá-la perderam o bonde da história.
Não me dou, portanto, a traçar linhas tênues.
Com o que me animo, então?
Uma vez engatilhado o ciclo virtuoso, quase nada é capaz de detê-lo.
Nem mesmo o Brexit, nem mesmo o Banco Central americano.
Você leu no Antagonista: ontem, Abílio Diniz reuniu pesos-pesados da economia para um jantar com Eliseu Padilha.
Os convidados se mostraram entusiasmados com as medidas já anunciadas, em especial a que prevê um teto para os gastos do governo.
Eles acham que agora vai.
Não sou peso-pesado, mas acho assim também.
Agora vai menos pior, e logo vai melhor.
Estou ansioso para este segundo semestre.
Meu amigo, que senta à minha frente, brincou de falar de +3% de PIB em 2017.
Da última vez que ele acertou brincando, tivemos o fim do Brasil.
Que venha o recomeço.