O BANHO DO MANU
Quando meus filhos eram crianças, quase sempre tomavam banho de banheira. O momento se prestava também a brincadeiras em que mergulhavam bichinhos e jogavam água para todo lado. Pelas bordas ficava enfileirada uma série de animais, desses de plástico que comprávamos por lotes, “a fazenda” ou “o zoológico”. Tinha girafas azuis, cavalos verdes, dromedários amarelos, vacas vermelhas, camelos marrons... além de cachorrinhos, gatinhos e alguns bonecos de borracha. Depois de se fartarem com aquela espirração, quando o chão e o teto já estavam ensopados, eu abria o chuveiro e eles eram ensaboados.
Mas antes disto, enquanto não tinham autonomia para tanto, a função se dava em uma bacia que eu colocava dentro do box. A brincadeira era rápida e logo vinha o banho propriamente dito. Foi assim que aconteceu um incidente com Manu, que na época ainda era filho único e contava com cerca de dois anos.
Acabado o banho, deixei-o de pijaminha assistindo desenhos na televisão e fui estender a toalha molhada. Ao regressar, ouvi seus gritinhos de alegria. Mas o barulho não vinha da sala...
Sabem onde encontrei meu filho? Feliz e radiante, batendo as mãozinhas na água, aboletado dentro da bacia!
Beatriz Cruz
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