Nas curvas do teu corpo
secreto, inebriado,
caminho como sonâmbulo
meio assim, embriagado.
Do cheiro que a pele exala
de tão clara e mata escura,
desfaço-me em teus braços
meu amor, minha loucura.
Percorro os teus caminhos
ancioso, mas devagar,
e encontro em cada pedaço
o prazer que podes me dar.
Começo com teus cabelos
que mais parecem graúna,
tao lisos como de índia,
macios como de pluma.
Na tua boca encontro
o beijo tão esperado,
o gosto, o sabor da saliva,
tudo do meu agrado.
Teus olhos tem expressão
de quem ama a primeira vez,
trazendo uma poesia
de loucura e insensatez.
Tuas mãos pequenas, macias
deslizam pelo meu corpo,
arrepiando a pele,
e a alma como um todo.
Teus braços enlaçam num aperto
meu corpo querendo tragar,
e num demorado abraço,
que não me querem largar.
E nas tuas curvas me perco,
na loucura, no teu calor,
e me deixo perder para sempre
no gôzo profundo do amor.
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