Queria te fazer uns versos
Mas um nó na garganta me impede de pensar
Só consigo vislumbrar
Um anjo faceiro e poeta a puxar-te pela mão
E tu... Saindo... A flutuar...
Posso dizer que Jorge,
de tão natural e simples
era um ser INCOMUM...
Desses que a gente tem a sorte
de encontrar por aí
onde a poesia faz encontro com a magia
e nos contempla com um recital de fé...
Não o conheci pessoalmente,
apenas na obra poética que tão bem explicitava
sua alma... E por telefone, onde, entre sorrisos de emoção
ele ma falava de Juliana, sua neta poeta...
Abaixo... no colo do vô adorado.
É... Não o conheci... Não deu tempo...
Mas a sua imagem tão querida faz parte de mim
como aquele irmão que eu tenho agora e faz couro
com os anjinhos... Lá no céu!
Sim... Porque pessoas como Jorge...
Ah... Certamente vão para o céu onde eu pretendo
encontrá-lo, um dia, para aprender mais humildade...
Se não consigo dormir
Invente uma canção de ninar
Cante-a prá mim devagar
Como se eu fosse criança
Devolva aquela esperança
Que cheguei a ter um dia
De ficar junto a teu lado
Depois de um sonho sonhado
Te recitar poesias
Mas, se eu dormir muito tempo
Depois da noite de amor
Cubra-me com teus pensamentos
Lance em mim teu fulgor
Quero acordar de manhã
Te abraçar com afã
Todo faceiro e risonho
Descobrir que não era sonho
E como fosse teu amado
Viver um sonho acordado.
Jorge Sales
Agradeço ao amigo Rubenio Marcelo, pelo toque solidário