Uma vez um homem me disse: "Você é a mulher da minha vida, pena que chegou na hora errada".
Na ordem divina das coisas jamais existe hora errada. O amor quando surge, chega no momento exato. Através da sintonia dos seres, que se atraem enredados palas tramas do destino, exatamente como planejado pela força maior do universo que a todos comanda. Não há acaso, Maktub: Tinha que acontecer! Mistérios e desígnios inerentes à nossa vontade, porém necessários à nossa jornada evolutiva.
Não há condição social, moral, econômica, geográfica, estado civil , religião,que o impeça de existir ou que o comande. Surge! Implacavelmente! É como se já existisse, milenar, no âmago da alma, latente, porém adormecido. Repentinamente, tal qual o Big-bang, torna- se um universo em expansão.
A cada pulso "contamina"tudo a seu redor! Reluz na retina, expande- se no sorriso, acelera na pulsação, fervilha nas veias, afogueia-se nas faces, arde no ventre. Sussurra"Eu te Amo" no singelo aperto das mãos unidas ou no abraço demorado.
Mostra- se a seu redor a todos que tem olhos de ver. Muda completamente a conduta e a estrutura daquele que ama. O qual se percebe sorrindo sozinho pelo caminho a cada lembrança do ser amado. Muda-se até a vibração celular. O rufar dos corações.
Torna-se insone na ausência, lacrimal na despedida!
Incompletude, mutilação! Como fôra repentinamente guilhotinado, reduzido de uno à metade.
Não há nada que o impeça de prosseguir. Nem convenções, dogmas, medo, culpa, nada. Simplesmente ocupa os vácuos existenciais, renova os sonhos, revolve as águas estagnadas dos planos e projetos, enchendo-as da vida nova, onde florescem novos anseios e desejos.
Reconhece-se pelos uníssonos pensamentos. Chegam a ser ouvidos alto e claro entre os que o sentem.
O amor tem sentidos que vão além das percepções sensoriais conhecidas. Possui outras bem mais amplas. Diria até extra-sensoriais! Advinha-se. Busca-se. Encontra!
É acima de tudo " Encontro".
Rompe as fronteiras do ego, das regras, de tudo!
Jamais desiste, persiste, insiste sobreviver às intempéries. Desespera-se ao aceno do rompimento.
Urge existir!
Desnecessário descrevê-lo tão longamente.
Por ser amor, basta... Sentir!
Deixar fluir!
Amar!
Ao fechar os olhos, ouvem-se os pensamentos que se entrelaçam, num ir e vir incessante repetindo : Te amo, te amo, te amo....
Te amo!
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