Minto diante das minhas verdades
e tento encontrar-me verdadeira
Escuto fundo no meu ser
o grito desviado pelo vento
Descubro num crime cometido
minha inocência escondida
Procuro meu enlaço perdido
no arco das razões cínicas
Vivo, do alento ao desalento marcado,
entre lágrimas e decepções
Digo entre a vida e a morte
palavras desconexas, pra atrair-me
Desculpo o mundo
enquanto culpo a mim mesma, meu destino errante
Escorrego, caio
machuco-me ao me ouvir falar de domínio
Discordo do meu erro
enquanto crio um mundo falso ao meu redor
Escondo toda minha covardia
e procuro a minha liberdade...
Mas sou, enquanto procuro identificar-me,
diferente de meu ser.
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