Sou eu Aquiles, indignado com o mundo, terminando esse dia comum sem nada diferente por acontecer, faltam apenas 8 minutos para acabar esse dia, apenas mais um dia que se foi e não volta mais, e eu o termino ouvindo Metallica...
"Andei" de moto, de carro, fui a quermesse, vi minha namorada, fiz o que qualquer pobre mortal poderia e póde fazer, e estou eu aqui diante de Troia sem saber o que fazer, tive vontade de matar uns 6 hoje, mas não posso faze-lo porque assim determina o sistema,a sociedade, o bom senso, a religião, enfim...
Estamos sempre matando uns aos outros, de forma indireta e hipocrita, não podemos como antigamente apenas chamar o inimigo para duelar, ou simplismente dizer: "Vamos lá fora, pois eu não gosto de você e quero te matar" e assim o mesmo cara que queriamos matar a pouco,o chamamos para tomar uma cerveja, ou comemorar a vitória do time que ironicamente torcemos juntos.
E assim a vida continua, com sua hipocrisia sem fim, sem começo, como dias de sol, dias de chuva, impassivel como a vontade de Deus, dos Deuses.
Vivo sem saber por quê, sem fundamentos, sem perspectivas, sem destino. Sou eu a própria periferia, pobreza, mizéria, injustiças sem fim.Mundo de drogas, prostituição, iletrados vulgares, com destino traçado, sem desvio, sem alternativa, sem nada.
Esse é o sistema, o sistema pobre mizeravel, mizeravel como aquele garoto de Victor Hugo, perfurado pelas balas dos soldados, pobre garoto não tinha nada com nada.
Estou eu junto a essas laranjas podres, lutando por não me contaminar, sem esquecer que o imprevisivel, por aqui, acaba sendo o previsivel...
Ricardo Melo
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