Eu quero agarrar o instante, quando o beijo nos reuniu, e você não falava em adeus.
Beijo nunca é demais, nem se desgasta. Quanto mais, melhor.
Eu quero sempre mais. Beijo na frente e atrás.
Beijos gostosos, saborosos. Senhores, façam fila!
Pessoa que se esquiva e não quer beijo está meio adoentada.
Beijo na testa é bom. Beijo no rosto é alface. Beijo na boca, huummm...
Beijar é ótimo, na alegria ou tristeza.
Beijos são fontes de inspiração.
Beijos, eu quero tudo mais.
O beijo acelerado rápido se desintegra e chove no gramado.
Roçar de lábios desliza até o chão, enroscando-se em pernas.
Num beijo revolucionário, audácia é instante fugaz.
Ainda tenho guardado o beijo sofrido da madrugada.
Felicidade termina onde começa o final de um beijo.
Quando você me toca, tira-me a roupa e me beija, o céu se abre.
Corpo contra corpo, nossos sexos eternizam o beijo máximo.
Grito bate nas paredes, amor explode e ribomba. O beijo se alastra.
Beijo pouco não satisfaz. Eu quero muito mais.
Na cama onde a gente se amava e se comprazia, beijo é ausência.
Lábios molhados são beijos que o vento traz.
Amor que laça é coisa de homem das cavernas. Eu gosto é de beijos.
Meus versos são beijos roubados ao clarão da lua.
Quando teus beijos descobrem os segredos do meu ventre, eu viro gente de novo.
(Do livro “Crônicas do amanhecer”).
Maria José Limeira é escritora e doce jornalista democrática de João Pessoa-PB.
