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Erotico-->TARDE DE PRAZER -- 28/08/2012 - 19:38 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TARDE DE PRAZER

A tarde já avançava e o sol traçava seus ultimos rasgos nas poucas nuvens disponíveis no céu. A lua do outro lado já se fazia presente. Era cheia naquela tarde e prometia o mesmo espetáculo de sempre, tocando a água do mar com a delicadeza de dois amantes na valsa prometida.

A temperatura reduzia sua efervecência ao tempo que os minutos passavam. O sangue que corria nas veias perdia pouco a pouco o calor abrazador do dia, e a calma tomava conta do lugar.

Naquele dia, todos resolveram ir à uma fazenda próxima, comprar leite para fazer coalhada, bastante apreciada por todos do lugar. Leite quentinho da vaca, assim diziam.

Ela ficou, pra aproveitar cada minuto de solidão e intimidade consigo mesma, parte de uma rotina necessária para sua vida e que nos últimos tempos se tornara pouco frequente.
Ali, naquele lugar, palco de tantas reuniões e tantos amigos, e almoços e jantares e intimidade familiar, era para ela o único abrigo que fazia lembrar de momentos inesquecíveis, onde, por um dia apenas, recebeu alguém que realmente fazia diferença em seu mundo particular, em sua vida, para os seus sentimentos, para os seus prazeres mais íntimos.
Ali, imóvel, cercada daquele calor dos últimos raios de sol, deitada na rede, da grande varanda que ladeia a casa, ouvindo a algazarra dos pássaros que nesse momento procuravam aflitos suas fêmes na intenção de acasalar.
Nesse momento, seu único desejo, era relembrar, cada momento, cada detalhe, cada degrau que tivessem subido juntos, cada olhar, cada tocar de mãos sobre a mesa, na hora do almoço, ou cada tocar de joelhos sob a mesa na hora da sobremesa.
Cada lembrança, fazia seu corpo estremecer, como estremecem os amantes, tomados pelo desejo e pela vontade inesgotável de se dar.

Havia tomado banho e perfumado o corpo, fazendo disso um grande ritual preparatório, para ali, sentir o máximo da mistura dos perfumes que vem de fora misturado ao seu perfume mais íntimo.
Suas mãos percorriam lentamente todas as partes mais quentes de seu corpo como se fossem as mãso Dele a procurar seus prazeres e a cada momento, e cada lembrança de tantos escritos e tantas palavras e tantos momentos vividos, serviam para estimular os sentidos e tudo ia se tornando encantador, e Ela podia sentir aos poucos as palavras em seu ouvido, e a língua que percorria seu pescoço e encontrava sua boca e descia para os seios, quentes, desejando a boca enlouquecida que procurava seus bicos na intenção de sugar-lhe a alma.

E cada momento era de mais prazer, até que encontrou sua flor, sua caverna mais escondida, entre as colunas de suas coxas e ali fez morada. E ao sentir sua flor beijada, Ela se desmanchava em prazeres e gemidos doces e gritinhos agudos e ali mesmo podia sentir agora o calor e a umidade que se fazia presente em suas partes mais íntimas.

Ele estava ali, tão presente quanto poderia estar, em sua fome e desejo de fazer amor e de entrelaçar seus corpos numa necessidade sem tamanho, e justa entre duas pessoas que se amam.
A festa ia animada, e cada momento que passava o desejo tornava-se vivo, presente, e apossava-se do corpo dela como se o corpo dele estivesse despejando seus líquidos, e o prazer cobria seu corpo e suas entranhas e Ela tremia, e gemia como gemem os amantes na hora do gozo. Sua presença era quase real naquele momento e suas carnes estavam em brasas e tudo que sentiam quando estavam juntos podia ser sentido naquele momento. E mesmo que não estivesse ali, deixava mais uma vez a marca mais precisa, mais necessária no corpo daquela mulher, que pretendia simplesmente, não mais que aquilo.
Senti-lo perto, e presentear com o que havia de melhor. Deixar-se em seus braços, prostrada depois do amor, para que depois do repouso viessem a amar novamente.

Valentina Fraga
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