A venda de Têmis em plena luz do dia. Ela estátua de estrutura de Aço mas os pés de argila...Me segura senão eu caio...
A balança que Têmis carrega à mão, está prestes a cair já quebrada de tantos pesos e medidas que tentam nela colocar. Os olhos já não suportam tanta cegueira ao que se apresenta equivocadamente para confundir a mentira da verdade. A verdade faz parte de sua enorme estrutura de aço, mas a mentira invade sua base e tenta inundar-lhe na lama de escàndalos.
Têmis habita as grandes construções que manipulam com o verdadeiro e o falso como o escambo em plena luz do dia, esquecendo o auspicioso olhar da águia que, sobrevoando acima das mentiras e verdades, prevê além do que vê o desmoronamento de suntuosos palácios na alvorada. Comércio do que não se pode negociar, mas insiste na cobrança de uma injustiça que descansa aos pés de Têmis. Ela já não suporta a negociata abusiva de tantas práticas vis. Seus pés enlamaçados, já não suportam o odor fétido de tantas falcatruas a maculá-los e desestabilizar sua enorme estrutura, cobrindo-a cada vez mais para afundá-la no palco das vergonhas que atuam como personagens principais de uma nação inundada pela lama da corrupção.