O ganhar do pão, oferece ao ganhador a dor do amor que doa. Quem ganha recebe a dor transpassada no cálice de uma vida. A partilha dá e recebe, com ónus e bónus. Não pede. Não empresta.
Perde o ganhador da dor que a ninguém pertence. Ela é livre, ganha e perde pelo desejo de ser sentida ou não. Abre a porta da permissão e sem licença chora ou silencia o caluniado que obrigado a recebê-la abre os braços para ganhar a dor do mundo, que não a suporta pelo peso que provoca. É densa no egoísmo que só enxerga sua própria dor e nada coloca em disponibilidade para assistir ao que é maculado. Está dentro e fora do causa a dor que pode ser o ganha a dor ou perde a dor de nada sentir porque sem vida está.