A palmatória pedagoga da palmada faz muita falta pelo carinho com que bate. Não a palmatória da vida, mas aquela senhora das entranhas e aconchego do ser, do nascido que nunca quis nascer para a vida. Bastava apenas nascer e se aconchegar. Era tão pouco o desejo de ser e estar no mesmo lugar, sem precisar ir longe. O longe seria o perto de tudo ao alcance que ensina com cuidado no eterno amor à cria que chora e não perece a dor do nascimento. Querendo parar no tempo que caminha com as ruas, com as pontes que cortam a cidade indo a lugar do sabe lá o que será daquilo que não foi e que parou a fitar o infinito relógio que marca com pisadas de tic tac na promessa de uma novidade velha. Será que o rio sob a ponte pode triunfar junto ao mar? Deságua essa dor do que foi e não partiu sempre em pororocas... Aqui e em tantos outros lugares findos e infinitos na ideia da nostalgia que guarda e esquece que passou.