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Erotico-->FANTASIA NO ENTARDECER -- 14/01/2013 - 11:07 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O cenário mostrava, céu, sol, mar e montanha. Não com essa simplicidade.
A tarde já caia, perto das dezoito horas. O céu já ganhava cores noturnas, entretanto os últimos raios de sol, cortavam as nuvens, por trás da montanha.
Essa, tinha em seu conjunto, a forma da noiva deitada. Via-se nitidamente seu perfil, o véu, um ramo de flores deitado em seu busto, fazendo do conjunto um verdadeiro espetáculo.
O sol nesse momento fazia sua morada transitória, bem próximo de suas partes mais íntimas, cortando os cúmulos e espalhando seus últimos raios em focos de luz amarelada sobre o céu azul intenso.
O mar, já era bem escuro, mais azul que o céu, e sua superfície, ganhava um tom azul alaranjado.
De onde estava, via contra o sol, as arvores, que nesse momento em primeiro plano já eram negras.
Confortável, na rede posta na varanda da casa grande, sob a mira da angular da máquina fotográfica, que registrava minuto a minuto, esse extraordinário espetáculo, estava eu, a admirar cada mudança de luz, e a queda de temperatura.
A brisa leve, fazia o pelo arrepiar, e cada vez mais, aninhava-me na rede, buscando calor.
Ali, no meio de tanta beleza, estava sozinha, acompanhada de encanto e rara beleza.
O que faltava mesmo, pra que tudo aquilo fosse perfeito, era que você estivesse ao meu lado.
Que todo aquele espetáculo fosse dividido, que cada cor, e cada perfume do mato recém cortado fosse sentido por dois.
Que ali, misturado ao cair da tarde, houvesse o sussurro da voz ao ouvido, que as bocas se procurassem, e houvesse mais dois céus sem estrelas, e do encontro deles, se fizessem nossas estrelas, e entre o silêncio e os sussurros, se faria o calor necessário para afugentar o frio que já era sentido.
Aos poucos, íamos nos descobrindo, achávamos a cada segundo, novas sensações, e misturado a tudo isso, ouvíamos as batidas do nosso coração, que dizia alto, do sentimento de cada um, que tocava a música de quem ama.
Ele sabia bem, onde encontrar cada canto do meu corpo, onde era mais sensível, onde meus desejos mais secretos vinham à tona e me tornava mais mulher. Me achava com seus dedos, sua boca, seu membro, e invadia, com permissão concedida pra me ocupar e tomar posse de tudo que havia em mim.
Da mesma forma, eu conhecia bem cada parte de seu corpo, cada detalhe. cada carinho que lhe tirava do mundo, que lhe fazia levitar, e lhe sugava a alma, e lhe tirava as forças, e lhe dava apenas a força necessária pra que pudesse me fazer sua, toda sua, sempre sua.
E assim, nos perdemos nos segundos, nos minutos, e até onde foi possível, até onde nos tornamos um, até onde transcendia todos os desejos acumulados, até onde a saudade contida fosse capaz de superar os obstáculos existentes, até onde pudéssemos suportar a ausência, a falta de cada um de nós.
E ali, diante das testemunhas naturais, mais uma vez sonhei, mais uma vez me fiz mulher sem meu homem, mais uma vez fiz da fantasia, a companhia inseparável, pra viver a realidade.
A noite já era alta, adormeci.
Valentina Fraga

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