Na ida de um dia de vida, fez-se a vida que voltou à memória e retratou a atualidade diversas vezes nocauteada pela estupidez humanoide. Quisera talvez entender um dia o que o passado significou ao presente tendo vivido no futuro. Futuro de uma infància marcada pela riqueza de gestos, atitudes e presença no avesso da afetividade. Histórias de travessuras, enfrentamento, resignação, paciência, amor e efemeridade dos instantes absorvidos e expurgados. O tempo foi passando e a memória foi adquirindo enriquecedoras experiências de vida que Bidião resolveu atestá-las. A partir de agora relato meus conselhos que deixo como herança e façam bom uso e perpetuação quem a elas se considerarem herdeiros:
1. Leve as coisas sérias na brincadeira e a brincadeira a sério;
2. Não seja comunista, seja comum. Seja trivial;
3. Não queira viver no comunismo. Viva na comunidade alternativa trivial;
3. Respeitem todas as ausências, pois elas tem o péssimo hábito de serem audaciosa;
4. Em procissão, respeitem o andor que o santo é de barro comum;
5. Se você quiser ser julgador, julgue acertadamente para ser julgado da mesma forma;
6. Não siga a quinta herança. É melhor;
7. Quero ouvir musicas de Chico Buarque. E se atrevam a não colocar as músicas no velório!
8. Quero a participação de um cachorro vira-lata, também;
9. Minha filhota ao meu lado e do outro, a Major Lalá;
10. Cuidem cada um da sua vida no seu cada qual !
Maceio, 5 de outubro de 2016.
Testamento registrado no 10 cartório bidiónico desta Capital.