Mesmo assim eu caminho com passos certos
na rua vestida de folhas
que a última chuva arrancou.
As folhas têm as cores dele.
Aquele que nunca chega na hora certa.
E na minha hora,só minha,
me suicido pra depois ressucitar
com uma reviravolta furiosa.
Nessa hora sem,e com tanta alegria.
E é assim,pois,que corto
os pulsos todas as manhãs
pra sobreviver,e vivo
como uma louca tateando o ar
e nuvens cor-de-rosa.
Ele nunca bate à porta,
não espera sentado,não espia
na janela e corre eternamente
sem olhar pros lados e
nunca pra trás.
Nem mesmo quando caída
estendo a mão.
Ele nunca pára. |