Toca a boca na pele alva,
e o rubor, logo restaura
o calor toma conta da veia
o olhar, breve incendeia.
A carne, ora morta, toma vida,
a pele toma cor, a alma levita,
o sangue pulsa forte na artéria morta,
e o corpo da mulher agora acorda.
Será o beijo responsável inconteste,
do milagre que desta forma acontece?
Ver o corpo tomar alma pelo beijo,
ou será a energia do desejo?
Que imprime na face mais que morta,
o selo do amor, e o corpo acorda,
pra viver as delícias do desejo,
vive o corpo e a alma por um beijo.
Valentina Fraga
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