Ainda junto à porta, ele me olhou e disse:
- Estou ardendo de desejo!
"Estou ardendo de desejo"... que frase bonita para um poema. Estou ardendo de desejo. Ele ardendo? E eu? Eu muito mais. Pernas abertas, vagina aberta, corpo aberto, coração aberto, braços abertos, toda aberta para ele, e ele ardendo de desejo.
Tirei a mão, abri as pernas um pouco mais, levantei um pouco o quadril, fiz um breve movimento rotatório, e disse:
- Então venha. Não estou aguentando esperar.
Ele fechou a porta, tirou a camisa, a calça, a cueca (já com aquela vara em pé, dura e deliciosa), os sapatos e começou a se deitar sobre mim. Ninguém poderá jamais contar em verso o que é para mim esse homem se deitar sobre o meu corpo, o que é sentir sua pele contra a minha, o que é aquele pau encostando entre minhas pernas. Delícia da vida. Era ele, novamente. Depois de tanto tempo, era ele de novo. Senti seu corpo se comprimindo contra o meu, e ele logo colocou sua boca na minha, senti sua lingua se enroscar na minha língua e logo começar uma dança enlouquecida. Ao mesmo tempo, sentia o pau duro encostando nos meus grandes lábios, as suas mãos segurando meus quadris com firmeza, e massageando minhas coxas, e o pau se metendo dentro de mim, aquela lança comprida e dura me penetrando, abrindo as paredes da minha vagina encharcada de saudade e tesão, e pude sentir os seus pentelhos contra os meus, gru dado ao meu corpo, parte de mim, aquela sensação maravilhosa que só o corpo de uma mulher que recebe o homem desejado pode ter.
Continuou me beijando e no meio das minhas pernas, agora num movimento delicioso para frente e para trás, as mãos ainda me segurando com força nos quadris. Forcei meu quadril para frente, querendo engoli-lo ainda mais. E nos beijávamos com ardor e loucura. Ele se mexendo em meu corpo, o pau lá dentro de mim, e eu também comecei a me movimentar, e ele passava a língua me meu pescoço, meu chupava os mamilos, voltava a me beijar enquanto se remexia na minha vagina.
Os movimentos foram ficando mais intensos. Senti que íamos gozar. Havia muito tesão acumulado.
Gozamos juntos, eu e meu amor.
Gozamos juntos, a sua pica e minha boceta.
Gozamos juntos, a sua língua dentro da minha boca.
Gozamos juntos, as suas pernas entrelaçadas com as minhas.
Gozamos juntos, as nossas almas reencontradas.
FIM
GUILHERME PIETRO |
