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Erotico-->UMA VISITA INESPERADA -- 27/05/2013 - 16:53 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A tarde já avançava e os últimos raios de sol, lançava seus braços sobre a baía, que aceitava agradecida o colorido amarelado que deixava suas margens, feito ouro a reluzir.
Valentina, resolvera que este final de semana pertencia só a ela. Queria um momento quieto, um momento só pra pensar na vida, pra descansar das companhias diárias e as vezes enfadonhas, do cotidiano intenso que lhe tirava qualquer possibilidade de solidão, do alvoroço do trabalho e da casa, das tarefas exaustivas, enfim, de tudo.
Queria tão somente a paz e a solidão, que eram no momento seus maiores sonhos de consumo.
Trocaria tudo o mais por aquela experiência. Seu pedido foi aceito a contra gosto, mas, explicado com simplicidade foi entendido pela família.
Chegou no seu canto favorito, por volta das 17:00hs.
Havia comentado em sua rede de amigos, que faria um retiro, e todos, sem dúvida, sabiam bem pra onde iria.
A noite estava próxima, e as coisas em volta já perdiam as cores, principalmente o verde da mata pela qual era rodeada.
Ao longe, as primeiras luzes já tomavam conta da paisagem.
Acendeu poucas luzes, o suficiente para deixar o ambiente na penumbra.
Ligou o rádio numa estação que relembrava os velhos tempos, músicas antigas, românticas como ela. Sem pressa... Tudo calmo...
Seguiu para o banho relaxante numa banheira de cedro puro, cheia de óleos aromáticos em volta, e pra completar, algumas velas, que dariam ao canto um jeito melancólico, bem do seu jeito.
Passou ali um bom tempo, tocando-se, massageando o corpo com os óleos aromáticos, alisando a pele que se eriçava com o toque, sentindo-se inteira.
Depois do banho, como num ritual, apagou as velas, e deixou para depoisa retirada da água.  Não estava com pressa...não havia pressa para nada. As horas seguintes lhe pertenciam por completo.
Pôs seu roupão branco, chinelos confortáveis, e foi para a sala, onde já aguardava uma taça de vinho e algumas iguarias, como torradas, geleias, pães, queijos misturados num fundie, tudo uma delícia.
Passados alguns minutos, não mais que vinte, escutou a buzina de um carro em frente a sua porta. Não era possível que alguém tivesse a desumanidade de estragar aquele momento. De súbito foi tomada de uma raiva sem limites, muito diferente do que era, e levantou-se apressadamente e chegou no guarda corpo da varanda querendo entender o que passava, pois apenas o vizinho que frequentava esporadicamente o local teria motivos para fazer aquilo.
No intuito de chamar sua atenção, gritou do alto de seis metro, para o homem que já estava de costas fechando a porta do carro, e ao virar-se deixou seu rosto sem cor.
Não podia acreditar no que via.  Era seu homem, seu amor, que estava ali, em pé, do lado de fora, com uma garrafa em uma mão e algumas flores na outra.
Atônita, perplexa, não sabia o que fazer. Ele gritou lá debaixo: - Boa noite querida! Acaso imaginada que eu não viria vê-la?
Afinal, lançou a notícia, aos quatro cantos, e mesmo sem o convite pessoal, entendi como se estivesse me convidando. Errei? O convite não era para mim?
Valentina continuava parada. E ele mais uma vez falou. -Vamos meu amor, abra a porta, porque eu vim ficar com você!
A cor voltou aos poucos. Valentina quase jogou-se dos dois lances de escada, abriu o portão e jogou-se nos braços do seu homem.
Depois do beijo saudoso, calmo e intenso ao mesmo tempo, fechou o portão e segurando em sua mão trouxe-o até a porta de casa.
-Meu amor, que bom que está aqui. Era exatamente você que queria ao meu lado nesses dois dias que ficarei aqui.
Vamos deixar essas coisas por aqui. Quero que relaxe com um bom banho de imersão, e vou massagear seu corpo, e vou lhe beijar muito pra matar essa saudade que me deixa tão triste.

...continua no próximo capítulo...

Valentina Fraga
 

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