BRINQUEDOS E DIVERSÕES
Até uma certa época, nossos brinquedos eram de madeira, de louça, de borracha ou de metal. Os meninos brincavam com caminhões de madeira e as meninas com bonecas de pano ou de um material que se quebrava com qualquer batidinha. Os meninos tinham carrinhos lindos, de metal, com portinhas que se abriam. Agachados, imitando com a boca o barulho de motores, eles os faziam circular de um lado para outro nas estradinhas de terra.
As bonecas só choravam, depois começaram a abrir e fechar os olhos. Nenhuma sabia falar. Elas não vinham batizadas, nós é que escolhíamos os seus nomes. Ter duas ou três bonecas era o suficiente para as brincadeiras, não havia necessidade de uma coleção. Cada menina tinha as suas diferentes daquelas das amigas.
Os brinquedos eram para se usar em casa, nunca os levávamos para a escola e nas escolas tampouco havia brinquedos. Nem escorregadores, gangorras, balanços, trepa-trepa ou qualquer outro, como se tornou moda posteriormente.
Em nossa casa tínhamos uma gangorra de madeira, que mamãe mandou fazer. Era uma longa tábua apoiada em cima de um cavalete, com a qual nos divertimos bastante. Também tínhamos, num ranchinho, um tanque de areia. Lá passávamos horas com pás, baldinhos e alguns moldes fazendo castelos, caminhos e bichinhos. E brigando também, sempre que alguém invadia o nosso espaço.
Brincávamos de jogar bola, de pular corda e andávamos de bicicleta ou de patinete pelo quintal.
A maior diversão de todas, porém, era nadar na piscina do clube.
Beatriz Cruz
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