Ainda nem tomou posse e a equipe do Duas Caras já começa a acionar a sua maquina de mentiras, propagando que solucionará um problema que simplesmente inexiste nos moldes alardeados.
O Brasil é, e sempre foi, um pais privilegiado com respeito ao tema - fome.
Nunca na história deste pais houve sequer um episódio de fome coletiva, como ocorreu nos EUA, na época da grande depressão, na Europa, na época da segunda guerra e no
século 18/19, na Rússia dos tempos do comunismo, na China (que provocou o famoso controle de natalidade que dura até os tempos de hoje), ou em alguns países da África de hoje.
O Brasil é, e sempre foi, um pais FARTO em alimentos. Não só aqueles cultivados pelo homem, como também, e principalmente, aqueles providos pela natureza.
Qualquer pessoa que já tenha visitado o Norte do pais, região amazônica, sabe a fartura que essa gigantesca região oferece em termos de alimentação. Só o fato de se navegar em pequenos barcos em qualquer de seus quase infinitos rios, é suficiente para que peixes pulem para dentro da embarcação. Nas arvores os frutos são de uma variedade simplesmente inimaginável para um europeu ou um asiático. Nem um faquir conseguiria passar fome nesta região do mundo.
Na região central do pais, área do Pantanal Mato Grossense, é a mesma coisa. Nos 9.000 quilômetros de costas abertas ao Oceano Atlântico, a fartura de pescados é praticamente infinita. Isso tudo, é só o que a natureza nos dá de graça.
Como se não bastasse isso tudo, nosso pais sempre foi um dos maiores produtores mundiais de alimentos. Abençoado que somos pela sua extensão territorial arável, abundância de água e sol, que nos permite ter 3 safras ao ano, com as culturas se
transformando conforme os tempos. Como de café e cacau, em tempos antigos, para a soja e as carnes tanto de frango como bovinas, de hoje em dia.
Uma coisa é um episódio de fome coletiva que toma o pais inteiro, outra completamente diferente são bolsões de pobreza que ocorrem em localidades restritas e que podem variar de tempos em tempos de acordo com secas prolongadas, ou outras catástrofes naturais. É evidente que esses problemas localizados merecem a atuação governamental, coisa que já vem ocorrendo desde muito tempo, com programas que vão desde o bolsa escola, merenda escolar, rendam minima e outros, que respondem pelo gasto de mais de R$30 bilhões do atual orçamento federal de FHC.
Quem confunde as duas coisas se mostra uma pessoa muito deficiente intelectualmente, no caso de ser um político essa atitude é sinal de personalidade deformada, já que somente um canalha, pode tentar obter vantagem pessoal explorando a mentira e a boa fé do povo.
Na realidade não existe no Brasil uma estatística com respeito a fome. Os indicadores que são utilizados e divulgados na mídia quando esse assunto é abordado, são referentes ao padrão de renda, e tem como parâmetro que pessoas que ganham
menos de U$1,00 ao dia são miseráveis. Esse nível é utilizado por diversos órgãos internacionais, como a ONU.
O único instituto que faz esse tipo de pesquisa nacionalmente é o IBGE e segundo seus números, os miseráveis do Brasil se situam em torno de 22 milhões de pessoas. Para o PT são 40 milhões, embora não me conste que o PT tenha algum instituto de pesquisa, ou que o partido faça esse tipo de trabalho.... mas como a veracidade dos fatos nunca foi preocupação das pessoas que estão por trás dessa legenda.... números jogados
ao leu não são nada de novo.....
Embora seja fácil de aceitar que pessoas que ganhem menos de U$1 ao dia não tenham condições de se alimentar minimamente , é também muito fácil perceber que alguém que more numa praia, ou nos confins da Amazônia, e que pesque ou que tenha alguma atividade extrativista, ou até que viva de uma pequena cultura de subsistência, embora não ganhe U$1 ao dia, pode facilmente se alimentar, e portanto, esta contido indevidamente no conjunto desses 22 milhões de famintos. Crianças de famílias carentes que se alimentam na escola duas vezes ao dia, dentro do programa de merenda escolar, também estão erroneamente dentro dessa estatística (dados oficiais do Ministério da Educação afirmam que 97% das crianças brasileiras estão matriculadas).
A bem da verdade, é importante distinguir subnutrição de fome. Fome é a simples vontade de comer, subnutrição é o não consumo de nutrientes necessários a boa saúde. Uma pessoa que tem fome, e come um saco de biscoitos ou uma barra de chocolate, tem sua vontade de comer eliminada imediatamente, porém , continua mal nutrida, pois tais alimentos não possuem os nutrientes necessários. E pior, a saciedade gerada por esse
tipo de alimentação dura pouco tempo o que provocará um aumento de consumo alimentar acima do natural, provocando o verdadeiro exercito de obesos que vemos nas ruas. Esse
sim, é um problema sério no Brasil, mas que só pode ser aplacado com educação alimentar e não com campanhas demagógicas e mentirosas.
A realidade dos FATOS afirma que no Brasil a obesidade mata muito mais do que a fome, e os dados são fartos.
De acordo com a ONU, complicações causadas pelo excesso de peso na América Latina respondem a cada ano por mais de 200 mil mortes, a maioria de pessoas abaixo de 70 anos.
Segundo o IBGE, 50% (CINQUENTA POR CENTO) dos brasileiros já tentaram emagrecer em algum momento da sua vida, 1/3 da população brasileira está acima do peso ideal tendo por base o IMC*, 15% dos adolescentes (faixa da população que geralmente possuem mais dificuldade para engordar) estão
acima do peso.
Na prática esses dados dizem que existem milhões de pessoas acima do peso ideal entupindo os hospitais públicos com diabetes, pressão alta, colesterol e todas as doenças cardio-vasculares que a OBESIDADE causa. O SUS (Sistema Único
de Saúde) já vem a cerca de 3 anos praticando gratuitamente cirurgia contra obesidade mórbida cuja fila de espera, pelos últimos dados divulgados, situa-se por volta de 5 anos.
A obesidade já é um problema concreto de saúde publica no Brasil, que inclusive alimenta a industria mundial de sistemas, aparelhos e medicação, para emagrecimento, e qualquer pessoa que gaste 30 minutos em frente a um aparelho de TV, a qualquer hora do dia, verá alguns dos milhares de produtos oferecidos para tratar esse problema, e que são consumidos avidamente por grande parte da população.
Finalizando ainda devemos constatar que os indicadores de expectativa de vida do brasileiro tem subido muito. Em 1991 era de 66 anos e em 1998 era de 68 anos. Para pessoas que já passaram de 40 anos a expectativa é de mais 33,6 anos e quem
já passou de 60 é de mais 17,6 anos. Não é necessário ser muito inteligente para saber que é impossível alguém explicar racionalmente o aumento de expectativa de vida de alguém que passa fome....
Por isso tudo, pessoas que fazem discursos políticos dizendo barbaridades como: "O Brasil é o pais da fome" ou "o Brasil é o pais dos famintos", e outras coisas na mesma linha, ou não conhecem o pais do qual estão falando, ou simplesmente
são desonestas. O que por si só já demonstra não serem dignas de credibilidade, seja por um motivo, ou pelo outro.
*IMC => (Peso em Kg / altura) altura = IMC
IMC entre 18,5 e 25 = peso normal
IMC acima de 25 = excesso de peso = 1/3 dos brasileiros
