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Erotico-->DRUMMOND PARA OS ÍNTIMOS ( AMOR NATURAL ) -- 17/07/2013 - 12:24 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Essa semana, ganhei um super presente do meu eterno amigo:
O AMOR NATURAL de Drummond e simplesmente devorei o livro em poucas horas. A bem da verdade, não é livro pra ser consumido tão rápido, porque as palavras devem ser deliciosamente degustadas. Quem tiver oportunidade, compre e leia, ou deguste, como queira.
Este é o meu preferido, cheio de coisas que gosto demais.
Segue uma quadrinha pra brindar o que li.
Quantas bundas,
quantas tetas,
quantas vulvas,
quantas letras.
Valentina


Amor - pois que é palavra essencial

Amor – pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.
Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?
O corpo noutro corpo entrelaçado,
fundido, dissolvido, volta à origem
dos seres, que Platão viu completados:
é um, perfeito em dois; são dois em um.
Integração na cama ou já no cosmo?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
a essa extrema região, etérea, eterna?
Ao delicioso toque do clitóris,
já tudo se transforma, num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo,
a fonte, o fogo, o mel se concentraram.
Vai a penetração rompendo nuvens
e devassando sóis tão fulgurantes
que nunca a vista humana os suportara,
mas, varado de luz, o coito segue.
E prossegue e se espraia de tal sorte
que, além de nós, além da própria vida,
como ativa abstração que se faz carne,
a idéia de gozar está gozando.
E num sofrer de gozo entre palavras,
menos que isto, sons, arquejos, ais,
um só espasmo em nós atinge o climax:
é quando o amor morre de amor, divino.
Quantas vezes morremos um no outro,
no úmido subterrâneo da vagina,
nessa morte mais suave do que o sono:
a pausa dos sentidos, satisfeita.
Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
estendidos na cama, qual estátuas
vestidas de suor, agradecendo
o que a um deus acrescenta o amor terrestre.
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