Usina de Letras
Usina de Letras
143 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62181 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140792)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->UMA LEITURA ERÓTICA -- 18/07/2013 - 10:59 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois de um expediente massacrante, dia tumultuado, entretanto, produtivo, ela chegava em casa, exausta.
Vivia aqueles dias bastante sobrecarregada pela ausência dos companheiros de trabalho que conviviam na mesma casa.
Estava sozinha, bem do jeito que gostava de estar, pois não havia companhia melhor, em sua opinião, que a dela mesma.
Adiantou alguma coisa pra comer, viu detalhes de correspondências deixadas pelo carteiro, olhou tudo em volta e correu para a ducha, na tentativa de recuperar-se do extenso dia de trabalho.
Ela gostava de ficar sozinha, ler seus livros eróticos, escrever contos e poesias e porque não? brincar e fazer coisas íntimas.
Depois da ducha forte e quente e seu óleos aromáticos prediletos, e disso não abria mão, lançou sobre o corpo ainda quente e perfumado um roupão de seda preta, sem maiores preocupações em usar roupas íntimas, pois dali, não sairia mais naquela noite.
O tempo estava bem fresco e um friozinho corria pela fresta do jardim de inverno.
As plantas simples com iluminação indireta, dava um ar melancólico ao local.
A poltrona de couro preta era articulada e reclinava sob comando.
as almofadas e manta de soft completavam o conforto necessário pra que a mulher embarcasse de vez em suas fantasias.
O livro escolhido da noite, seria aquele que acabou de ganhar de um amigo de muitos anos que compartilhava com ela o gosto pela leitura.
Era Drummond, nada menos que ele. Era uma nova face, uma coletânea de poemas eróticos, e pela rápida leitura que fez no dia em que ganhou o livro, prometia uma noite gostosa, cheia de fantasias, bem do jeito que ela gostava.
O livro chamava-se O amor natural. Simples assim, coisa básica, entretanto, profundo no sexo, nas descobertas dos prazeres, na erotização da bunda, dos seios, da vulva, do membro rígido, todos expostos de maneira natural, como tem de ser.
A mulher mergulhada naquela poltrona, mergulhada em seus pensamento, mergulhada em seus desejos mais profundos, mergulhada naquela leitura deliciosamente erótica, não queria mais saber do mundo, a não ser dela mesma, do seu corpo, de se conhecer melhor, e o único desejo que vinha naquele momento era sentir sobre seu corpo, o corpo do homem que amava, que desejava dia e noite, sem intervalo, sem dúvidas, sem receios, sem reservas, e cada palavra, e cada verso do poema, lhe enchia de tesão, e suas carnes tomavam outra temperatura, e seus lábios agora estavam molhados, preparados para o beijo, e seus seios ferviam quentes e macios, e de sua vagina vertia um líquido morno, e cada verso lhe consumia, e ela esperava seu homem, seu amor, e ele não vinha, e suas mãos agitadas, procurava seus cantos mais profundos, e a leitura se confundia com o desejo real, e cada vez mais ela ficava alucinada e em seus pensamentos, surgiam imagens dos momentos que já havia vivido, e de quanto havia amado, e de quanto já havia entregue seu corpo, sua alma, seu orgasmo, e de quanto havia se esvaziado, e lembrava nitidamente do seu olhar na hora do gozo, e dos gemidos, e do suor que escorria na pele, e do cheiro que exalava, e do gosto do sexo exposto, e do membro, que duro, lhe penetrava, e dos gritos, do vai e vem gostoso, de todas as posições, de todas as pegadas, das mão desesperadas a percorrer seu corpo, do abraço apertado na intenção de se fazer um, da fome da carne, da sede da saliva, do suor, do gozo, enfim, de tudo que lembrava cada momento, cada detalhe, cada emoção, cada troca de carinho, cada momento em que dois, unidos de forma tão profunda, eram apenas um.
Nesse momento seu corpo tomava vontade própria, a razão lhe fugia, seu corpo pulsava, sua vagina derretia de desejo, seu corpo tinha febre, sua garganta era seca, e sua boca molhada esperava o beijo,
e assim, misturados naquela poltrona aconchegante, estava o corpo da mulher, um livro, as lembranças, e o profundo orgasmo que não demorou a chegar.
E ali ela ficou por um tempo, misturada a tudo isso, realizada em seus maiores desejos, suas melhores fantasias, de suas melhores lembranças, e sua melhor explosão de orgasmo.

Valentina Fraga
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui