Um lindo conto, escrito pelo grande amor da minha vida.  Valentina Fraga

DIANTE DA ARTISTA

"Ele começou a tocar-se,
e ela percebeu" (VALENTINA FRAGA)

O que pensava aquele homem enquanto se tocava?
Sim, ele se tocava. O livro caído sobre o peito, a mão metendo-se por debaixo da cueca e retirando para fora o membro levantado.
E enquanto se tocava, o que pensava?
Vinha à sua mente a mulher de olhos fechados, gozando intensamente sobre ele.
Vinha à sua mente os gemidos da mulher excitada enquanto ele a massageava com as mãos: braços, seios, cintura, bunda, coxas.
Vinha à sua mente as pernas da mulher se abrindo para sentar em cima do seu pau.
Vinha à sua mente a sensação da vagina molhada, engolindo aquele membro esticado e pulsando, a cabeça rosada e redonda.
Vinha à sua mente o corpo da mulher tomado pelo desejo e pelo prazer indômito.
Era tudo o que vinha à sua mente. E com os dedos, massageava a glande em movimentos ritmados. E o pau ia ficando mais duro a cada movimento.
E ele fechava os olhos, e à sua mente as imagens se repetiam numa velocidade indefinidade entre a fantasia e a realidade.
Até que, de repente, sentiu a mão da mulher a tocá-lo. Nem percebera que ela se aproximara, nua e devagar.
Ele sentia a mão da mulher a passear por seu membro, e agora as imagens da mente ganhavam vida real.
Sentia o seu desejo se multiplicando, e enquanto ela acariciava a cabeça do pau, o tronco grosso e duro, de leve, com suas mãos firmes, ele ia se contorcendo, e passava as mãos em seus cabelos. Começou a respirar mais intensamente, a pele arrepiada só de ver como aquela mulher brincava com seu membro.
A mulher inteiramente nua, que antes pintava o quadro na sua frente, agora estava agachada diante dele, a língua começando a lamber o pau que pulsava de desejo.
Deixara o livro de lado, nem se lembrava direito do que estava lendo. Agora a sua atenção se voltava somente para ela.
E ele, que já não estava se aguentando de tesão, de repente sentiu que ela o abocanhava. E enquanto ela começa a chupá-lo, o homem entre gemidos dizia:

Vem me comer,
vem me engolir,
vem me devorar com essa boceta aberta e pronta.

A mulher ouvia isso e também enlouquecia. Até que já não aguentava de desejo e sentou-se em cima do pau do seu homem.
Então ela começa a chupar o mastro diante dela. E ele, alucinado, vai acompanhando o movimento que ela faz com a boca. Ela engolindo aquele pau gostoso, sugando-o com o desejo à flor da pele.
Ele está totalmente fora de si, os olhos fechados, e aquela boca da mulher engolindo o seu pau.
Ela quer que ele goze na sua boca. Quer sentir o gosto daquela porra dentro da boca. Quer engolir todo o sêmen do seu homem, e sentar no pau molhado de esperma.
E é assim que acontece.
Ela suga, suga, suga, a língua deliciosa em seu pau, o calor da boca a envolvê-lo, o movimento ritmado da sua boca a chupá-lo, até que o homem já não aguenta e goza loucamente.
Ela não perde tempo: abre as pernas e senta em cima do pau todo melado de porra, e ela sente aquele pau entrando em sua boceta, e quer gozar em cima dele antes que ele comece a amolecer...
E goza tão profundamente, cavalgando naquele membro duro e grande, perdendo a noção do tempo e do espaço, agarrada ao corpo do seu homem, os dois grudados e entrelaçados...

MAURO VELASCO