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Cronicas-->Tarde livre -- 13/06/2001 - 17:41 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois de três semanas trabalhando com horário trocado e organizando as preocupações, eu me vejo, repentinamente, diante de uma tarde livre. Uma tarde inteirinha, das 14h até quando Deus quiser. Não sei nem por onde eu começo.
Primeira opção: namorar a tarde inteira. Impossível, ela saiu hoje. Fiquei no "ora veja".
Segunda opção: cair na balada. Tem balada - não confundir com timbalada, que é coisa daquele miquinho amestrado, que tem um ego maior que o King-Kong - durante a tarde?
Primeira alternativa, ir à matinê de algum cinema de bairro seria uma boa. Faz tanto tempo que não vou a uma matinê. Acho que a última que eu vi foi um avant-première do Mazzaroppi, ou coisa parecida. Dei uma olhada no Caderno 2 e não gostei do cardápio. Só paulada e cacetada, filminhos para casais com orgasmo precoce, enredos de massa e propaganda em Cinemascope - nada feito. E nem tem mais cinema de bairro, só de shopping. Ver as grandes salas de exibição cantando loas aos bispos, e missionários, é coisa que dói no joanete. Além do mais, pelo que me consta, cinema nem é mais balada. Hoje em dia os namorados realmente prestam atenção na película. Naquele tempo, a gente entrava num embalo diferente. Beijos salgados de pipoca e adocicados com "gotas de pinho". Qualquer filminho rendia uns bons malhos. Só do Tonico e Tinoco eu vi o mesmo filme por três fins de semana consecutivos. O pessoal de agora não malha mais. Botam logo pra quebrar e saem correndo até McDonald s mais próximo. Gastam mais tempo comendo batatas fritas do que tirando a roupa da namorada. E ainda ganham a camisinha gratuitamente da consorte. Definitivamente, matinê está fora de cogitação.
Terceira opção, estourar pipocas e ver TV. Não vai dar. O milho acabou e estou com preguiça de ir ao mercadinho comprar mais. Ver TV sozinho me dá sono e eu não quero dormir no ponto, pelo menos hoje. Descartada.
Já sei! Vou pegar o violão e um songbook de Bossa Nova e ficar a tarde inteira cantando. Não dá! Se eu começar a cantar vou me lembrar dela e a saudade dela tá doendo em mim. Como é que eu fui me apaixonar desse jeito? Também, quem manda ela ser assim desse jeito, que me deixa o coração sambando feito gelatina? E o que dizer do jeito que ela tem de me deixar naquele estado, só com um simples "obrigada", ou quando ela declama um irresistível "não faz mais que sua obrigação"? Fora as vezes que ela fala comigo com aquela voz "miada" e que me deixa com vontade de... de...: - PÊNALTI!
Isso! Vou ver um futebol básico na TV. Mas a esta hora só tem jogo de time com nome de produto de limpeza - onde já se viu um time se chamar Ajax? E ver neguinho jogando golfe é abusar da minha masculinidade. Aquela viradinha de pé nunca me enganou - coisa de boiola. Jogo de tênis? E eu lá tenho saco pra ver homem que tem fricote? Nem pensar. Joguinho mais besta, só! Prefiro um ping-pong com a minha vizinha.
Desisto, vou tirar um cochilo. Quem sabe eu sonhe. Nos meus sonhos ela está onipresente, linda, eterna e incrivelmente...
- IMPEDIDO! Partiu antes da bola.
Vou pro chuveiro...


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