Essa história de mandar cartas pelo correio está me dando um pouco de aflição. As respostas demoram, né? Já me habituei tanto à rapidez da internet... por isso é que estou aqui tra veis.
E por falar nisso, este ano o carnaval em São Luiz passou dos limites. Da cidade. Não cabia mais ninguém lá dentro. Não dava nem para andar. Até os blocos tinham dificuldade em passar. O chão grudento prendia o sapato da gente.
Faltou água, você pode imaginar? Toda aquela rapaziada, suada, sem poder tomar banho! E que fedentina perto da ponte! Coitado do rio Paraitinga...
Fecharam a entrada por aquela pontinha antiga, tão bonitinha. Pensando bem, melhor assim, acho que ela não ia agüentar. Para se chegar ao centrinho tinha que passar pelo corredor da alimentação - mais parecia do inferno - cheio de barracas com sandubas e espetinhos cheirando a fritura e gordura.
Na escadaria da Matriz não havia um lugar sequer para sentar. E sabe o que instalaram bem ao lado da igreja? Banheiros químicos! Parece que o padre ficou uma fera.
Brincar pelas ruas no carnaval o povo da cidade não pôde. Mas botou pra quebrar na hora de faturar. Qualquer quintal – na pirambeira ou cheio de mato - virou estacionamento, com preço fixo lá no alto, combinado. Assim como os selos da zona azul municipal. E ai de quem deixasse o carro mesmo lá longe, na estrada... Era logo guinchado.
E quem também fez a festa foram as vans, lotadas. Na ida e na volta.
Mas os jovens se divertiram assim mesmo, com muita marchinha, suor e cerveja... Os meus foram pra lá todos os dias.
Bons tempos esses da juventude, não?
E aí em Sto.Antonio,vocês se divertiram? Seus filhos gostam de carnaval? A Maria Helena, creio que não...
Espero que apareça logo por aqui pra botarmos a conversa em dia.