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Cartas-->Carta para Marcel Agarie -- 29/01/2002 - 22:29 (Ingrid Valiengo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estou querendo ser demitida. Faço de tudo, menos meu dever nesse trabalho. Pois bem. Acabo de passar minha tarde lendo seus textos.

Nunca encontrei uma abelha no metrô, mas já vi de quase tudo, até dinheiro no chão (o qual não peguei por dor na consciência). Já disse que ainda sou ingênua? Pois é! Peteleco já levei muito e confesso, nunca tinha lido uma definição tão perfeita.

Uma dupla dinâmica poderia ser Ingrid (eu!) e Ju. Fumar, beber e falar besteira “é com a gente mesmo”, pena que “o divórcio” já está quase pronto! Sim, tenho uma amiga chamada Fernanda também, ela seria processada mais que o Leão Lobo, por falar mal da TV brasileira.

Não ficaria muito bem no Hospício dos Artistas, pois falo muito sozinha, então iria provocar uma vergonha sem tamanho para a família.

Meus brinquedos de infância são relíquias na minha casa. A piscina da Barbie não jogo fora de jeito nenhum!!! E a coleção de carrinhos do meu irmão deixaria você de boca aberta.

Minha mãe sempre achou a música “atirei o pau no gato..” uma canção terrível. Tanto que meu irmão mais velho sempre gostou de matar o animal. Ela dizia que a culpa era da música. Acho que a culpa era do meu irmão mesmo, que nunca teve a cabeça no lugar.

Lendo Coruja, O Grande Bêbado da Noite, me lembro de um carnaval que tive em Floripa, onde fui, de ônibus, para Laguna e bebi o dinheiro todo, até o que pagaria minha passagem de volta.

Por trabalhar em jornalismo esportivo por tantos anos, perdi o gosto pela Seleção Brasileira. Tirando um jogo que o Brasil ganhou de 4 x 2 da Argentina. Nesse dia, quase pulei no pescoço de Rivaldo, que fez 3 gols. Estou tão desanimada que quase torço para Argentina ou Itália, por causa dos homens bonitos!!!! Não vivo só de esportes, viu?!

Sou louca por Armando Nogueira. Acho que vou ser abandonada do jornalismo esportivo de tanto encher o saco dele. Nogueira é um doce comigo. Me trata bem desde do tempo em que eu escrevia cartas para o falecido Apito Final, da Band.

Meu sonho é ter um fusca branco de dois mil reais (o preço que poderia pagar). Arrumei um lá na minha cidade do interior, mas não dirijo direito. Só vou para frente.

Na casa dos meus pais tem um sabiá. Velho coitado, já pedindo forças ao Senhor! Mas é adorado pelo cachorro, papagaio e outros bichos. Ele se chama Luciano Pavarotti, mas não canta tão bem quanto o tenor.

Saudade tenho de muitas coisas, pessoas e lugares. Sinto saudade do avô que foi embora assobiando como sempre esteve. Ou do outro avô que, até hoje, colhe as melhores frutas para mim. Sinto falta da risada da minha mãe, da cantoria do meu pai. Do meu cachorro que respeita pouca gente, e do papagaio que só fala Lucas (nome do meu irmão mais novo).

Tenho os olhos verdes, vindos da família do meu pai. Gosto deles pois são alegres e choram por si. Sempre carregam imagens que “dizem” aquilo tudo que amo.

Uma vez, tirei o menino mais bonito da turma no amigo secreto do colégio, vendo a fita, que revela o acontecido, vejo meus olhos brilhantes de felicidade, como poucas vezes pude observar e sinto falta disso.

Tenha Paciência Marcel, o mundo não virou de cabeça para baixo, é só você que anda questionando a vida. E isso quer dizer que você está mais vivo do que nunca.

Bem. Você deve achar que não tenho nada mesmo para fazer nesse trabalho. Sim, é verdade! Já ensinei tudo errado para os novos e coitados estagiários, já abri o site Fuxico na mesa do meu chefe, mesmo assim, ninguém me coloca no olho da rua.
Enquanto isso, resolvo escrever para você. E te lembrar que tem um talento invejável e uma amiga da internet que te admira.
Beijos
Ingrid
“A liberdade é voar por espaços que vão de encontro aos nossos sonhos, e saber que nossas realizações estão prestes à acontecer, basta tentar”

Estou tentando, juro!!!
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