Gosto quando me procuras,
e me achas,
e me olhas,
e me percebes,
e me encontras,
e me vasculhas.
Gosto quando me investigas,
e sobre meus montes,
atravessas faceiro,
exibindo-se inteiro.
Gosto quando te ofereces,
e como banquete te pões sobre a mesa,
para que me sirva como bem quiser.
Gosto quando te mostras,
e a tua força,
e me tomas pela mão,
e me toma nos braços
e num movimento simples,
colocas meu corpo ao teu dispor.
Gosto quando detidamente procuras meus encantos,
meus mais íntimos recantos,
meus caminhos,
minhas curvas,
minhas grutas mais escondidas,
meus mais profundos segredos,
minha joia preciosa,
meu prazer mais oculto.
Gosto quando me lanças no espaço,
e entre nuvens
e entre azuis e brancos
entre a palavra e o silêncio
entre o grito e o gemido,
finalmente me encontras,
no gozo mais longo,
mais contínuo,
me transporto
pra outros espaços,
e te levo comigo,
a viajar bem alto
pra ser teu prazer,
pra seres o meu.
Valentina
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