O ano que estremece
No derradeiro olhar
Faz minha alma voar,
Abraçar a vida na prece...
Os anos que se foram
Na terrena medida
Nunca foram meus.
Na página esquecida
Dos azuis dos céus
Os paraísos devoram
Os demônios meus.
Encontro-me, por fim,
Na despedida da hora...
Sobre os antigos ponteiros
Que ressoam festeiros
Antecipando a nova aurora.
© Jean-Pierre Barakat, 07.12.2001
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