Uma revolta que prolifera nas ruas da cidade, logo pela manhã traduz o nível de insatisfação popular. Só quem paga é a classe pobre assalariada achatada com medidas de exclusão e discriminação. Sempre a corda arrebenta no lado mais vulnerável sem acesso à saúde e educação de qualidade, sem falar no esquecimento da segurança do cidadão que perde a cada dia o direito de ir e vir. Situação complicada e delicada, um pavio de pólvora curto. Qualquer hora explode a bomba da indignação que busca por uma justiça extravagantemente relativizada por uma sociedade capitalista com inversão de valor absurda em um cenário de desertificação na essência humana. Já não há espaço à contemplação da divindade humana no que deveria ser em vez do que deveria ter. Os diálogos praticamente se esgotaram em argumentos insanos a justificar a aprovação de medidas saneadoras junto ao caos provocado por uma minoria egoísta totalitária que utiliza o regime democrático de direito e desrespeita a Constituição Federal.
A população cansou de ser o bobo da corte que desfila debochando da cara da cidadania pagadora de um quantitativo exorbitante de impostos sem o retorno que lhe é devido. Vive-se numa fase de completa insubordinação a Carta Magna e desrespeito a boa fé do cidadão com a possibilidade de um futuro de escravidão sem direito nem a uma carta de alforria.