É aqui em minhas terras,
onde ancoras teu barco,
firme, com com teus braços,
fazendo-os amarras.
Ancoras.
Entre dois dos meus limites
te colocas.
Desces, me estudas,
palmo a palmo de terra pura.
Minhas montanhas superiores
tiram teu fôlego.
Sobes e desces
brincando como menino,
a invadir um lugar desconhecido.
Num dos picos a brincar,
sentes a sensação de terra tremer.
Corres nas planícies de meu ventre,
corres direto pelos caminhos tão
longos de minhas pernas,
e voltas depressa na intenção
de um volume de terra que
parece distante.
Antes, darás uma volta em torno, como se dá no mundo.
Chegarás em outras fronteiras que te parecem
duas grandes elevações
divididas por um canyon
de gruta profunda.
Lá, haverá um caminho denso e morno a percorrer,
onde definitivamente te perderás em prazer.
Lá, finalmente é o teu oásis.
Lá, onde terás a mata escura a proteger.
Lá o alimento puro brota de dentro.
Lá, existe a bebida mais doce que já bebeste.
Lá, é onde me encontrarás,
Lá, é onde poderás parar e ancorar teu barco.
Lá, é onde nos encontraremos verdadeiramente.
Lá, é onde pareceremos dois,
e finalmente,
seremos um.
Valentina
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