Domingo, 25 de dezembro e os festejos da natividade bidiónica agitam o cotidiano das paroquianas. Muitas delas se comprometem em alegrar a ceia do padre Bidião que passa o ano todo dedicado à logística religiosa da comunidade. A nave central da igreja é decorada com cometas desenhados em cartolinas por alunos da escola bidiónica. À entrada, é possível apreciar o presépio com toda a bicharada, incluindo um pato enorme que fica nadando numa banheira e cantando para dar as boas-vindas ao menino que nascera das entranhas purificadas pela dor humana. Mas o pato, assim como o ganso havia votado o galo pra correr por falta do pagamento do aluguel da terra usada ao plantio do milho que garantiria o ganho de peso dos galináceos a fartarem a mesa dos contribuintes paroquianos. Com base no PEC 2017, a missa do galo seria alterada para a missa do pato que os paroquianos deveriam prestar solenemente as devidas honrarias natalícias nos festejos natalinos. A PEC 2017, conhecida como a PEC da pataria, exigiria que todos os paroquianos adquirissem um novo hábito: fazer o famoso "Quá, quá, quá" pra trás no embalo patal dos patos que agora substituem o anúncio de boas novas do galo que quebrou a asa e está manco.