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Cartas-->31 de Março: Ordem do Dia do Comandante do Exército -- 01/04/2009 - 12:35 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ordem do Dia do Comandante do Exército Brasileiro - 31 de Março 31/03/2009

Uma nação amadurece, se aprimora e se afirma quando consegue construir, por vontade própria, sua História. E História só se escreve com maiúscula quando acontecimentos marcantes se afastam das paixões do momento e passam pelo crivo da imparcialidade e da eqüidistância das partes envolvidas.

A trajetória de nosso País pós-independência é plena de acontecimentos que contribuíram, de forma direta ou indireta, para o processo de solidificação das instituições. O tempo e o espírito cívico de nossa gente permitiram que crescêssemos em busca de um futuro mais justo.

Nos cenários de cada época, do Império até os dias atuais, pudemos assistir à construção de um Exército que é parcela ativa da sociedade brasileira, representado em suas fileiras por todas as camadas sociais, segmentos raciais, credos religiosos e totalmente afinado com os anseios e aspirações do nosso povo.

Esse Exército – o seu Exército – orgulha-se do passado, porque nele os valores e postulados da Instituição, que se confundem com os da própria Nação brasileira, nasceram e se consolidaram.

Esse Exército – o seu Exército – considera que esse passado pertence à História , e volta-se para o futuro, trabalhando pelo desenvolvimento nacional e empregando a mão amiga de sua gente toda vez que necessidades, urgências e emergências clamam por sua presença.

Esse Exército – o seu Exército – recebeu e recebe, de braços abertos, em suas casernas, sucessivas gerações, para lhes transmitir, de forma inigualável, lições de patriotismo e exemplos de servidão cívica, de abnegação irrestrita, de ética e de probidade.

Esse Exército – o seu Exército – juntamente com Marinha e Aeronáutica, sabiamente garantiu e garante a soberania e a integridade nacionais, em clima de paz e tranqüilidade, baseado no respeito aos vizinhos e na autodeterminação dos povos, mas, também, na dissuasão silenciosa, na eficácia evidente e na competência reconhecida.

Esse Exército – o seu Exército – emprega, diariamente, aquilo que possui de mais valioso – a energia e a dedicação de seus integrantes, soldados e servidores civis, homens e mulheres, em prol da construção de um amanhã melhor.

Esse Exército – o seu Exército – é conciliador sem perder a altivez, generoso com os vencidos, nobre nas atitudes, respeitador da lei, avesso aos ressentimentos – herdeiro legítimo que é do Duque de Caxias, nosso Patrono maior, o Pacificador.

Nesse contexto, o 31 de Março insere-se, pois, na História pátria e é sob o prisma dos valores imutáveis de nossa Força e da dinâmica conjuntural que o entendemos. É memória, dignificado à época pelo incontestável apoio popular, e une-se, vigorosamente, aos demais acontecimentos vividos, para alicerçar, em cada brasileiro, a convicção perene de que preservar a democracia é dever nacional.

General-de-Exército Francisco Roberto de Albuquerque
Comandante do Exército

JB ONLINE, 31 Mar 2009



OPINIÃO

1964, uma reflexão

Jarbas Passarinho



O reitor Jacques Dehaussy, da Universidade de Dijon, na França, ao fim dos anos 70 do século passado, presidiu simpósio sobre o Papel Extramilitar das Forças Armadas no Terceiro Mundo. Cientistas políticos e mestres universitários dedicaram-se ao exame da incidência dos golpes de Estado no Terceiro Mundo, violando a subordinação dos militares ao poder civil. Ainda que os Anais de Tácito não se prestem a tirar conclusões sociológicas de todos os eventos por ele vividos na decadência do Império Romano, distinguem-se as modalidades das intervenções, segundo o epílogo do simpósio. As mais arcaicas originam-se do caudilhismo, das ditaduras puramente pessoais, ou da defesa dos privilégios da profissão. Outras — reconheceram os participantes do estudo do tema — responderam ao apelo vindo de fora dos quartéis, dos civis que invocaram a consciência dos militares, ou a impaciência deles para com os desmandos do poder civil.

Participei de dois golpes de Estado, um como tenente, cumprindo ordem superior, e outro coordenando-o como tenente-coronel, no Pará. No primeiro, depusemos o ditador Getúlio Vargas, em 1945. O poder civil não se fez respeitado, mas logo restabelecido na subordinação dos militares ao Supremo, para presidir a redemocratização do país. O general José Pessoa, em nome do Exército, foi à casa do ministro José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, e em nome das Forças Armadas convidou-o a assumir o governo e convocar eleições, que logo se realizaram.

O segundo golpe proveio do “apelo dos civis à consciência dos militares” para com os desmandos do governo e uma ameaça, em plena guerra fria, de aliança do governo com os comunistas. No Pará, onde eu servia, havia-nos preparado para prevenir um autogolpe de Jango, aliado a Prestes, intentando o estado de sítio e a reforma arbitrária da Constituição, enquanto paralelamente Leonel Brizola pregava o fechamento do Congresso. A aliança com o PCB, de que Prestes era o primeiro-secretário, conta-a Luiz Carlos Prestes no livro Prestes, lutas e autocríticas, por ele ditado a Dênis de Moraes, da sua grei. Revela, ademais, que Jango, em plena expansão do comunismo internacional, “até já compreendia o papel que exercia a União Soviética”.

Fixamo-nos no plano de resistência ao que um comunista, que não deforma a história, denominou de pré-revolução, com apoio dos líderes sindicais e dos sargentos. Em Brasília, sargentos da Aeronáutica e da Marinha, armados, tomaram, em setembro de 1963, o quartel dos fuzileiros, ocuparam os ministérios e os órgãos de comunicação. Travaram luta com tropas do Exército, com mortes, até se renderem. Em março de 64, outro motim. O dos marinheiros no Rio de Janeiro. Os fuzileiros navais que, de ordem do ministro da Marinha, foram mandados para prendê-los, solidarizaram-se com os amotinados.O presidente aceitou a demissão do ministro e o substituiu por outro simpático aos revoltosos.

A disciplina e a hierarquia, pilares de qualquer força armada, desmoronadas transformaram os amotinados em bandos armados prestigiados pelo próprio presidente da República. No livro de Prestes, há uma passagem em que Jango quis apresentar-lhe uma dezena de generais que lhe seriam leais. Prestes diz que nunca foi apresentado aos generais, mas que “Jango se enganava com eles, pois lhe conhecia a postura anticomunista”.

A desordem civil e a amotinação dos militares graduados já eram parte da disputa pelo poder. Que mais faltava para conquistá-lo? A imprensa, com a única exceção da Ultima Hora, clamou pelo afastamento do presidente Goulart. No Rio de Janeiro, o Correio da Manhã, no dia 30 de março, clamava, na primeira página: “O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora basta!”. No dia seguinte: “Só há uma coisa a dizer ao senhor João Goulart: saia!”. O Correio não estava só. O JB, em editorial, levanta a suspeita de ameaça comunista: “Quem quisesse preparar um Brasil nitidamente comunista não agiria de maneira tão fulminante quanto o sr. João Goulart a partir do comício de 13 de março”.

Da mesma ameaça trataram editoriais de O Globo. A Folha de S.Paulo, em face do comício, em que as bandeiras da foice e martelo desfilavam na frente do palanque de Goulart, desafiava: “Resta saber se as Forças Armadas ficarão com o presidente, traindo a Constituição, ou defenderão as instituições e a pátria”. O prestigioso jornal Estado de Minas se antecipara. A 18 de março, alertava: “A sorte está lançada. Ninguém tem mais o direito de iludir-se. Abrem-se agora dois caminhos ao Brasil: a democracia e o comunismo”. Em São Paulo, a passeata “com Deus e pela Liberdade”, liderada pelas mulheres contou com quase 1 milhão de civis e religiosos. Goulart, no auge da agitação e da falência da disciplina militar, proferiu, dia 30 de março, exaltado discurso no encontro com um milhar de sargentos, que o homenageavam no Automóvel Clube do Rio de Janeiro. Prestes comenta no livro: “Qual é o oficial do Exército que vai ficar tranquilo sabendo que o presidente da República se dirige, naquela linguagem, aos sargentos?”. Jango detonou a contrarrevolução, apoiada maciçamente pelo povo. Não houve um só tiro disparado.

São passados 45 anos. Hoje, a contrapropaganda da esquerda ousa negar provas indesmentíveis. A verdade incomoda e a isso não voltarei. É inútil convencer mitômanos, a serviço dos resíduos do comunismo fracassado.

Foi ministro de Estado, governador e senador





OPINIÃO

Ari Cunha

Golpe interrompido



Nesta data, em 1964, o Brasil pegava fogo. João Goulart armava a mudança do regime. O comunismo ameaçava o país. Em São Paulo, surgiu movimento comandado pelas senhoras católicas. Saíram às ruas protestando contra o desvio para onde o Brasil estava sendo dirigido. O movimento chegou a outros estados. Mostrava a revolta em que vivia o povo. O comunismo não tinha vez. Era contra o que pensam ainda hoje os brasileiros. As Forças Armadas seguiram a tradição de paz. Apareceram com valor. Assim foi evitada a entrada do Brasil no caminho aberto por outros povos. Instituiu-se o governo militar. O presidente escolhido para substituir Jango foi Castello Branco. Homem de liderança nas Forças Armadas, prontificou-se a terminar o mandato interrompido. Ficou mais um ano por determinação da massa e da força. O projeto era devolver a democracia ao Brasil. A revolução durou 20 anos, sufocando até guerrilha no Araguaia. O país não vive mais a agonia. A história é contada fora da verdade. Derrotados ganharam em dinheiro o “patriotismo” do gesto. Foi prêmio aos porcos que mataram jovens com a farda militar para roubar armas. Esses mortos escreveram a história com dignidade.

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