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Artigos-->O Correio dos Insanos - Carta a Eva (II) -- 03/08/2001 - 11:37 (ADOLF HITLER) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mein Reizender Eva,



Ich denke, daß es wir schreibt auf portugiesisch besser ist. Die Barbaren verstehen nicht unsere reizende Sprache... ou seja, vamos nos ater às formulas da língua de Camões.



Tu estavas sublime sob o luar, diante das ruínas do parlamento, querida. O Reichstag te trouxe muitas lembranças!? Te rever, depois de todos esses anos, foi como mergulhar na juventude outra vez, beber a fonte inexaurível do amor, erguer-me aos céus e tocar as trombetas junto aos anjos e arcanjos.



Sim, eu sei, nada falamos. Palavras são recursos ínfimos a nós, amantes. Tua face serena, tua presença... ah Liebe, que saudades! Divagações, entonações, discrepância, súplicas, medos e sossegos... tudo embotado na minha mente. Eu sei que tudo se passou rapidamente: aquele milésimo de segundo que separa um dia do outro, onde você não sabe se o que olhas é o presente ou o futuro, o momento onde o tempo não tem significado e a vida se apequena revelando a sua insignificância para nós, imortais.



Sim, querida, preciso te confessar, eu menti. Mentimos nós dois ao mundo. Forjar a nossa morte foi um recurso viável no momento mas perder-te na eternidade não. Dissestes que me procurastes em todos os recônditos do mundo material e celestial, mas esquecestes de me procurar aqui, entre os mortais. Estava eu a vagar nesta terra, sofrendo a dor de tua perda; dupla, sentida já aos nos beijarmos sofregamente, ante os procedimentos do doutor Jagger. Já naquele momento temia que pudesses morrer e eu, ficar fadado a passar a eternidade qual um eremita, impedido de revelar-me ao mundo e tolhido de tua companhia. Jagger pagou com a vida ao comunicar-me, quando acordei, que a experiência “corria o risco” de não ser bem sucedida contigo, que todos os cuidados foram feitos para preservar a minha pessoa mas que houvera uma falha nas tuas células. Mandei a SS fuzilar a todos e depois mandei-a ao banho... de gás... naquela sala sobramos eu e você, desfalecida sobre a cama. Quando constatei tua morte, corri gritando pelos corredores qual louco a trombetear meus desatinos às paredes, eterna confessora, eterna ouvinte, eterno ombro dos desconsolados.



Voltei por ti sim, meu amor. Coloco-me aos teus pés para que juntos gozemos todo o prazer, ardor e frescor que nos foi negado por todos esses anos. Unamo-nos aqui, nesta Usina de Letras, até que consigamos tornarmo-nos um na eternidade!



Minha pena está a teu servir! Minha força, minha libido, meus versos, minha loucura encontram-se prostrados aos teus pés! Que sejamos aqui um só, como fomos antes.



Seu eterno,



Adi.

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