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Cartas-->Pelo teu sapato descubro teu coração -- 18/04/2009 - 10:39 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Querida Márcia
Estive ontem à noite num ambiente onde havia várias mulheres, de variadas condições sociais. Havia ali uma mistura de mulheres solteiras, casadas e separadas. Acho que não havia nenhuma viúva. As idades iam dos 22 aos 53 anos, mais ou menos. Numa curiosidade incontida, mentalmente e sem pedir licença, concentrei minha atenção em seus pés, mais precisamente no calçado. Passei a observar seus sapatos. Minha curiosidade analisou o tipo, o gosto da escolha, o artesanato do sapato, sua textura e forma e também o capricho e o desleixo com que a dona portava seu calçado!!!Agora imagine você o que eu concluí...Foi só isto: "Pelo estilo de teu sapato posso descobrir teu coração"!!! Conclusão ousada? Não tanto!!!Para um bom observador (e ficou parecendo que sou um bom observador...risos...) o sapatinho no pé de uma dama ou de uma menina é uma amostra de sua alma: a escolha do sapato pode significar sua ambição, seu capricho, sua vaidade, seu desejo, seu bom gosto, como também pode mostrar o contrário: mau gosto, abandono, banalização e desânimo. Ou seja, pelo sapato, podemos descobrir o coração de uma dama!!! Agora você entende o título que coloquei acima, como chamada para esta carta: "Pelo teu sapato, descubro teu coração"!
Deste modo, fui observando na galeria de tantos pés femininos alguém que calçava sapato afinadinho selado por uma fivela. Fiquei com a sensação de que se tratava de uma dama com vocação e nostalgia por um salão da corte régia do tempo da monarquia.Outra senhora, fazia-se notar pelo bom gosto de seu sapato mostrando raro capricho e gosto de mulher arrumada que sabe zelar a imagem de namorada irresistível. Por outro lado, no canto do salão, havia uma dama que portava um sapato tão volumoso, tão grosso, tão grosso ..., que parecia uma camponesa de tamancos das pampas ou das serras gaúchas . Uma outra, ao lado, dava sinal do estado decrépito em que se encontrava seu espírito. Decadente e desleixada,mostrava que não sabia mais lutar pela beleza e pela vida. Mas havia aquela ainda com um sapato-pantufinha, mignon, que deixava ler no pé e nos olhos a ternura e a fé romântica da sua feminilidade. Bem vistas as coisas estava muito claro que naqueles pés e pezinhos havia um mundo de sonho e de realidade. E eu concluí que, verdade-verdade, os sapatos também têm poder, afinação e desafinação quando escolhem pousar na vitrine do pé de uma mulher!!!
João
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