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Poesias-->ANTES SOL QUE MAL ACOMPANHADO -- 14/12/2001 - 19:12 (JEFFERSON PEIXOTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ANTES SOL QUE MAL ACOMPANHADO





Sentar-se à sala era impossível

Como o calor que sente ao acender um cigarro em

fogueira de São João.

O sol queimava a residência

Como se quisesse castigar aquele lar

Pensou-se em árvore

Mas depois do passar do piche

Contrariou-se o “Aqui em si plantando tudo dá”

Pensou-se em toldo

Mas a fachada ficaria com cara de motel barato do

centro da cidade.

Transferiu-se tudo para depois dos quartos

Na sala mesmo só o sofá e o som

No sofá quem sentaria ?

E o som de qualquer lugar se escutaria.

À frente da casa um terreno baldio

Onde os vizinhos imaginavam

Pensando na valorização imobiliária

Que surgiria um shopping

Um supermercado

Um teatro e com ele grandes espetáculos

Nada disso...

Em uma madrugada dessas pode-se ouvir o ruído

O muro fora partido

Derrubado, demolido

Por famílias miseráveis

Velhas, crianças, esposas e maridos

Que arquitetônicamente enxergaram ali

Ao invés de um shopping, um lugar para morar.

Sejam bem vindos novos vizinhos

Construam suas casas

Abandonem os viadutos

Construam sobrados enormes

Abriguem a todos

E principalmente empatem que o sol transforme meu lar em um grande caldeira.



Mas não eram bons vizinhos

Trouxeram a raiva

E toda falta de educação em cada tijolo que empilhavam

Em cada saca de cimento

Em cada movimento...

Os móveis voltaram para a sala

O sofá já era fresquinho

Mas o lugar impossível de morar

Bandidos e drogados

Prostitutas e folgados

Cães vira-latas largando suas fezes por toda a rua

Pixadores analfabetos sujando nossas fachadas

Mulheres horrendas andando semi-nuas...

Sentia saudade do calor em minha sala

E dos tempos de tranqüilidade!

Hoje esfaquearam um viciado

Sabe... pensando bem

Antes sol que mal acompanhado.

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