Caráter, questão de.
Quando eu era pequenino, nem tanto já com 12 aninhos de idade, fiz uma brincadeira de mau gosto com meu primo Ezío durante a ceia de natal, reunidos meu pai, minha mãe, minha avó Maria meu avó Primo Chinês, tia Iolanda e tio Cesarini, Roberto, Sonia e Elza. Quando o Ezio se levantou para servir o prato, eu, numa brincadeira infeliz puxei sua cadeira, ele caiu de costas e o prato cheio de macarronada se espalhou pelo seu corpo. Claro, ele chorou. Meu pai se levantou da mesa e me bateu, minha mãe me bateu meu avó também bateu A nona também me bateu a Elza também, meu irmão Robertinho me chutou minha irmã de colo ainda, jogou a chupeta em mim, o cachorro mordeu meu calcanhar, só não me bateram o vizinho, seu Pedro que estava trabalhando de plantão, era coveiro. A dona Palmira, minha vizinha vez sinal de que iria me bater. Só não me bateu meu primo! Ele até tentou parar a turma que me batia; Daquele dia em diante, além de primos ficamos amigos.
Ele, meu primo Ezio, sempre foi um cara de caráter. Aprendi muito com ele sobre moral, educação, etc... O tempo passa rápido então, agora depois de sessenta anos transcorridos do incidente, encontrei-o no face book.
Entre recordações eu o lembrei da brincadeira de mau gosto
-que nada Helio, coisas de crianças. Ai eu lhe propus- cara, quando você vier aqui na chácara, você me chama na beira da piscina e diz-Helio venha ver os peixinhos verdes! E, eu como quem não sabe de nada me aproximo da beira da piscina e você me empurra e estaremos quites! Ele disse- Não posso fazer isso e se você se machucar?
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