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Cordel-->CORDÉ DE MUIÉ -- 31/07/2002 - 15:44 (THAIS KRISTINE BRUNNO DE OLIVEIRA SOUZA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Veja só que ledo engano
ducha quente em leve pano
me banho com fortes sais
logo vem coveiros com castiçais
no rastro do cupido pega carona
devia meter a viola na safona
escrevo o que quiser
na rima doce em cordé
esperando cafuné
na ficção e no lúdico do Mané

Se aqui só tem embromação
Nóis provamo o que é bão
escrever cordel mimado
em versos que vêm minado
explode e pega babaca
que logo responde com mole estaca
mais parece um urubu
que aterroriza a usina e o sul
Se faz de intelectual
mas no é apenas um animal

Não respeita prosa alheia
cai na armadilha aranha e teia
não sabe onde está o mote
fica vendo sacanagem de camarote
ensaimos aquelas rimas de chaveco
para ver a cor do infeliz traveco
que ficou roxo de tesão
endurecendo o botão
para ser bom poeta
garota nova deve ficar esperta

Se o poeta é fingidor de ilusão
escreve versos do coração
engana trouxa safado
um torto endireitado
fiz a vez de atriz
fantasiei-me meretriz
para pegar esse e aquele infeliz
e dar um tiro na perdiz
No cordé de muié
não precisa nem ter fé

Vou escrevendo sacaneando
enquanto pândego vier rebolando
o meu doce Pablo aceitou o desafio
fez o mote para eu pegar o fio
Esse sim é homem de verdade
pois se despiu de vaidade
foi humilde o palavrar
pois peça queria pregar
Mostrou que tramas boas só fazem bons cordelistas
por isto esta usina é cheia de artistas

Para haver interação
tem que fazer que nem os hômi da televisão
Castanha não vive sem caju
Caju não vive sem castanha
Um fala o outro replica
enquanto besta não se liga
o Pablito fez sua parte
tudo em nome da arte
agora vamos seguir em frente
porque atrás vem muita gente

Nesse cordel indigente
só pra responder o indecente
se fosse cavalheiro
não arrebitaria logo o trazeiro
enfiaria a boca no bueiro
de longe sentimos o mau cheiro
quando vem esbaforido
emplumado e colorido
vemos triste texto sofrido
só porque não tem talento
faz pose de sargento

continuo taxando-o de jumento
de da boca só sai escremento
já estou que nãso me aguento
por isto perdoe o aumento
nas rimas foi criticando
e os versos esticando
só para dizer que fui embora
cansada de ler hômi com tesão de argola
parece que castraram o saco e sobrou uma bola
vê se decola na gola do outro lado da vitrola
triste direitista boiola

THAÍS KRIS

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