Vivia sentada na calçada a olhar quem passava. Nada lhe era útil a não ser o desfrutar da visão que revela em si, o amorfo e o tortuoso. Não que não tenham utilidade, ao contrário o amorfo ocupa espaço do breu que resolveu silenciar a luz. Acende agora! Já passam das 18:00 h. Onde está a làmpada? Escondida em algum recóndito mental de fina sutileza que desfila silenciosamente em direção ao mar. Mar de revolta e pouca vida. Mas afinal, pra que vida no mar se à Terra ele banha e nela vida suficiente há? O mar não completa a Terra. Ele é Terra e a Terra é mar que secou e permitiu que o sol aquecesse a vida que estava no silêncio das águas.