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Erotico-->PARAÍSO PARTICULAR -- 13/11/2013 - 10:09 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Já passava das duas da tarde, quando a mulher chegava em seu paraíso particular. O sol já iniciava sua descida, por tras da montanha mais alta, que morava nos fundos do solar. O plano inclinado, fazia seu ponto mais alto, o limite do terreno com a mata, onde os dois já haviam se encontrado, e ali, sempre que passava alguns momentos, sentia a nítida sensação da presença dele.
Embora fosse frequentadora assídua do lugar, havia mais moradia de pássaros, do que mesmo da proprietária, e com isso, sua presença por vezes, não era bem vinda, e sempre que podiam, mostravam indisposição em recebê-la, ensaiando razantes na intenção de afugenta-la do local como se fosse um intruso, o que não deixava de ser verdade, afinal, vez ou outra frequentava, tornando estranha sua presença.
O fato é que dali, podia se ver toda a baía, sendo banhada pelo sol, que nesse momento, já não estava em seu ponto mais alto. Passando os olhos em toda a volta, podia ver o milagre da primavera, com seu colorido, borboletas, outras aves a cortar os céus e toda a energia que vinha de todos os lugares. Enchia os pulmões de ar fresco, e uma deliciosa sensação de plenitude tomava conta do seu corpo.
Ali, naquele momento, havia apenas uma falta. Faltava o homem, pelo qual, a mulher era apaixonada. Ali, entre tanto contentamento, entre a sensação de plenitude, morava um imenso vazio, uma falta incompreensível, um buraco, oco, vazio, sem nada.
No banco do mirante, morava eternizada a imagem dos dois sentados, a roçar suavemente os joelhos, na sala de jantar, novamente a lembrança dos joelhos a se tocar, na varanda, a imagem dos olhares de soslaio enquanto um livro de arte era foleado, a grande cama do quarto mostrava a imagem dos corpos se amando, que morava apenas na imaginação da mulher. Na rede da varanda, também morava apenas a intenção que tinha de amar naquela posição.
Tudo, uma grande mistura de verdade e imaginação, fatos e desejos.
Ali, onde os corpos se juntavam, os olhares se olhavam, as mãos se afagavam, os gemidos e gritos de prazer eram ouvidos, onde o gozo fluía de dentro dos corpos, numa significativa demonstração de desejo e prazer, ali, onde tudo acontecia. Tudo dentro da cabeça de uma mulher apaixonada.
Ali, dentro de toda a realidade que a cercava, havia a liberdade de seus pensamentos, de seus desejos, de sua memória.
Ali, onde tudo aconteceu, e onde tanto mais poderia ter acontecido, bem ali, onde ia buscar inspiração e forças para continuar, alí bem ali era seu paraíso particular.
Valentina Fraga
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