Essa noite, eu olhava inebriada para lua.
Deixei que sua luz tocasse minha pele.
Conversava com ela meus segredos,
aqueles que eu mesmo não tenho coragem de revelar.
Fazia incessante meus pedidos
acreditando que pudesse mesmo atendê-los.
Pedia com fé, que trouxesse de volta meu amor.
pedia que devolvesse as mãos que sabiam me tocar.
pedia que me deixasse ver em seus olhos meu olhar.
pedia seu corpo sobre o meu,
pedia tão somente, o toque suave de seus carinhos
pedia a sede de vinha de dentro,
a sede de nos beber
de nos deixar gozar em nossos corpos terrenos
e que deles deixasse levitar por alguns segundos,
a alma que parecia desprender.
pedia com fé, aquela lua imensa,
com todo o amor do maior dos amantes.
Valentina Fraga
|