AJOELHADA ESTÁ!
Aileda de Mattos Oliveira (28/2/2017)
País sem personalidade, pior, sem honestidade, sem honra. Culpa de quem? De todos nós que sustentamos os Três Poderes que não são mais que aparatosos Poderes de uma farsesca República de comprometidos ‘representantes’, avaliados entre si pelo grau de uso que reciprocamente se farão, nas ocasiões em que o aparato constitucional tiver que ser jogado novamente às traças. Variável é o preço estimado no obsceno comércio de rodízio de cargos.
O novo dirigente poderia ter elevado seu nome a uma posição respeitável se, com planejamento definido de governo, tivesse posto a pique a barca dos malditos remanescentes da Era da Barbárie.
A manutenção no governo dos mesmos emplumados que estupraram a Nação deu-lhes a oportunidade de continuar ciscando nesta portentosa granja. Atônitos, a disputa de altos poleiros para beliscarem os incontáveis suplementos alimentares das contas bancárias saídos das brechas dos cofres públicos sustenta a ganância doentia desses galináceos e os torna os mais repulsivos componentes da conhecida e endêmica politicalha.
Por isso, executam, a plenos pulmões, em gratidão ao caridoso mecenas, o hino da republiqueta, o “Temos Foro Privilegiado!”, letra e música dos membros do Congresso e regência dos togados do STF, e de grande aversão nacional.
Instituições degradadas pelos próprios integrantes, autoproclamam-se donas dessa diminuta República, ao insurgir-se contra os interesses da Nação, que não os impede, por não fazer valer a força moral e o poder de decisão que tem, de continuarem a prevaricação, ação que, pelo hábito, já parece inata. Precisamos de, urgentemente, tirá-los de lá e acabarmos, de vez, com a jogatina oficial de favores.
O papel dos membros dessas Casas, ditas representativas da nação, sabemos que é único e fixo: o enriquecimento enquanto político ativo. O interesse pelo país fica a cargo das Forças Armadas, adestradas, sim, nos hinos e nas marchas, mas inteiramente conscientes da defesa, da soberania do País e do amor à Pátria. Os ‘nossos representantes’ consideram essa última palavra, chula demais para eles.
Mas o intrincado mistério da não decretação da prisão do capo Lula permanece envolto em densas e negras nuvens de subterfúgios que sobrepairam as três Casas, cujos porões devem guardar segredos herméticos de ‘nossos dirigentes’, das vossas excelências e dos emproados togados.
O que está acontecendo nas entranhas da Justiça desta República infame que gerou filhos indignos, que não manda pôr o folclórico honoris causa na cadeia? Já fiz essa pergunta várias vezes, mas o silêncio conivente persiste.
Mas sabemos uma das razões. A sábia Justiça está ajoelhada aos pés do apedeuta, do deus-palhaço, a quem muitos lhe devem o manto. As outras respostas, logo, logo, surgirão.
Exceções? Sim, elas existem, mas não precisamos citar os nomes já demasiados conhecidos por não se chafurdarem no grosso lodo da imoralidade política.
(Dr.ª em Língua Portuguesa. Acadêmica Fundadora da ABD. Membro do CEBRES)
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