O ser humano é a invenção mais complexa e extraordinária do universo, além do físico, ele tem uma bagagem mental e emocional que o torna ainda mais um importante objeto de estudos científicos. É capaz de se auto-projetar ou tentar projetar-se no outro a depender de infinitas sensações que o fazem interagir saudavelmente ou não.
Ao refletirmos sobre a respeito da inveja enrustida, acreditamos que no outro eu possa adquirir o que não tenho. Então, quando insistimos até a exaustão, chega um determinado momento que não posso ser e muito menos ter algo que não cabe na extensão holística própria, visto que não poderá haver indíviduos socialmente siameses. Somos obrigados a voltar nossos olhos para o EU e tentar nos conhecer melhor. Mas quando enxergamos em nós, a nossa infinita limitação, acreditamos que somos inferiores e assim projetamos aos demais a possibilidade e até a responsabilidade naquilo que nos faltou. E assim, perdemos um tempo precioso da nossa existência e a vida vai reinando até que um dia dizemos adeus ao reinado para dar lugar a novos atores atuarem no teatro.