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Erotico-->A IMAGEM GRAVADA -- 12/03/2014 - 10:34 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aproveitando um momento de solidão durante toda a viagem familiar, desci do quarto do hotel, e procurei as ruas menos movimentadas. Entre prédios antiquíssimos, fruto de uma colonização européia, admirava os candelabros, os trabalhos em pedras ornamentais, as estátuas, disponíveis e prontas para serem admiradas. Os raios de sol, que já se faziam ausentes, mostravam detalhes impressionantes dos entalhes espalhados pelas fachadas dos edifícios.
Caminhava devagar, apreciando tudo ao redor. Cada detalhe, novo aos meus olhos, me enchiam de um contentamento indescritível.
A única coisa me deixava triste era a ausência do ruído dos passos que gostaria de ter ao meu lado.
Ausência das mãos entrelaçadas nas minhas, ausência dos olhos que certamente me ajudariam a ver mais e mais detalhes.
Depois de algum tempo, sentei num banco de praça, com muitas flores em volta e algumas esculturas belíssimas, mas o meu lado estava vazio. Continuava a sentir aquela ausência estranha, um vazio, um buraco inexplicável dentro do peito, uma dor aguda, muito ruim. Tudo em volta era belo, as poucas pessoas sentadas, bem vestidas, um ou outro mendigo a solicitar moedas.
De longe, avistei um casal. Trocavam carícias, beijos doces e delicados, bocas quentes, sensuais, roçando as línguas delicadamente.
Mãos que desciam nos cabelos negros da mulher, suavemente.
Mãos da mulher no rosto masculino que desenhavam sua silhueta.
O quadro encantava, enchia os olhos, enchia de desejos, enchia de uma saudade imensa, enchia da falta e muita ausência.
Fiquei ali, durante aqueles momentos que não acabavam nunca, admirando toda a paisagem, e, em especial, aquele casal de amantes,
e todas aquelas carícias.
A noite já dava sinais, deveria voltar rápido antes que escurecesse, e tivesse algum risco de me perder entre becos e vielas que escolhi passar, para chegar aquele local.
Passei mais uma vez, a vista ao redor, pra fixar cada imagem na retina,
e pela última vez, na figura do casal apaixonado.
Ficou o desejo de ser eu mesma protagonista daquela história, daquele ambiente, daquelas carícias, daquele amor. Faltava-me a companhia.
Certamente iria retrata-los em alguma tela que porventura viesse a pintar no futuro.
Levantei, e segui meu caminho, ao encontro dos que já me aguardavam, ansiosos por minha ausência.

Valentina Fraga



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