ELES SE AMAVAM ASSIM, CHEIOS DE URGÊNCIAS, TOTALMENTE INSANOS E FORA DO MUNDO REAL, AFINAL, AMANTES, SÃO MESMO ASSIM.
CERTO DIA, DEPOIS DE MUITO TEMPO QUE NÃO SE VIAM, NEM SE FALAVAM, ENCONTRARAM-SE CASUALMENTE, EM UM PRÉDIO DO CENTRO DA CIDADE.
NADA HAVIA SIDO COMBINADO. TUDO OBRA DO DESTINO, QUE VEZ POR OUTRA, JUNTAVA AQUELES DOIS. JÁ HAVIAM SE AMADO EM SEUS AMBIENTES DE TRABALHO, EM UM ESTACIONAMENTO PRÓXIMO DALI, EM ALGUNS MOTÉIS E NOUTROS CANTOS, EM SUAS MENTES CRIATIVAS, E PRINCIPALMENTE EM SEUS CONTOS E SUAS POESIAS.
DESSA VEZ ELE A VIU DE LONGE, COMPRANDO UMAS PEÇAS DE LINGERIE, NUMA LOJINHA BEM ACONCHEGANTE. FOI CHEGANDO BEM PERTO, E, PELO VIDRO DA LOJA, BEM NO CANTO, SEM QUE ELA PERCEBESSE, ELE ADMIRAVA SEU GOSTO PELAS PEÇAS TÃO PEQUENAS, RENDADAS, BEM DO JEITO QUE ELE GOSTAVA, COM TODA A TRANSPARÊNCIA QUE REALÇAVA A PELE BRANCA DA MULHER.
ELA ESTAVA TODA ENTUSIASMADA, PARECIA ATÉ QUE ESTAVA SE PREPARANDO PARA UM MOMENTO BASTANTE ESPECIAL.
ESCOLHIA AS PEÇAS EM TOM DE VERMELHO VIVO, COM BASTANTE RENDA E MUITA TRANSPARÊNCIA. ELE NUNCA TINHA VISTO TAMANHA PREPARAÇÃO. SERÁ QUE ELA
HAVIA CONHECIDO ALGUÉM? ISSO JÁ LHE TIRAVA O SOSSEGO. ELE NÃO CONSENTIA EM COMPARTILHAR AQUELE CORPO QUE JÁ FORA SEU, COM OUTROS HOMENS. ELA ERA SÓ SUA, SUA AMANTE, SUA PUTA, SUA MULHER. SABIA COMO NINGUÉM, CADA PASSO DA SUA GEOGRAFIA, SUAS COXAS GROSSAS, SEUS SEIOS FARTOS, A CINTURA QUE ELE GOSTAVA DE PEGAR ENQUANTO ELA CAVALGAVA EM SEU MASTRO RIJO. ELE TINHA CERTEZA QUE SÓ EM SEUS BRAÇOS, ELA SENTIA-SE MULHER POR INTEIRO, COM SEUS DESEJOS SACIADOS, SUA FOME E SEDE APLACADOS, E SEU ROSTO DEPOIS DO GOZO, DENUNCIAVA TODO O PRAZER QUE ELE PROVOCAVA NAQUELA MULHER. AQUELAS LEMBRANÇAS ESTAVAM LHE PERTURBANDO NAQUELE MOMENTO, E A CADA INSTANTE SENTIA CRESCER DENTRO DAS CALÇAS O QUE ATÉ ENTÃO, ESTAVA ADORMECIDO. ELA ANDAVA DE UM LADO PARA O OUTRO DA LOJA E ELE ACOMPANHAVA CADA PASSO, SEM DESGRUDAR OS OLHOS. ELA ESTAVA DE SAIA CURTA, SALTO ALTO E SEIOS À MOSTRA EM UMA BLUSA AMARRADA NA CINTURA.
ELE PENSAVA: - AH! COMO EU QUERIA QUE ELA FOSSE MINHA AGORA...
E ACOMPANHAVA SEUS MOVIMENTOS E TODAS AS ROUPINHAS QUE ELA ESCOLHIA.
CHEGOU O MOMENTO EM QUE ELE NÃO AGUENTOU MAIS, E DECIDIU ENTRAR NA LOJA COM A DESCULPA DE COMPRAR UM PRESENTE PRA SUA ESPOSA. ELE FARIA TUDO PARECER BEM NATURAL, AFINAL, ERA MESTRE EM PARECER.
ENTROU NA LOJA, E FOI LOGO PERCEBIDO POR OUTRA VENDEDORA. ELA ESTAVA DE COSTAS E APROVEITOU O MOMENTO PRA FALAR ALGUMA COISA, NO INTUITO DE CHAMAR SUA ATENÇÃO.
- BOM DIA, EU GOSTARIA DE COMPRAR UM PRESENTE PRA MINHA NAMORADA, VOCÊ PODERIA ME AJUDAR?
ELA VIROU-SE INSTINTIVAMENTE PARA TRÁS.
- OI! VOCÊ POR AQUI?
- POIS É, ESTOU VENDO QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO MUITAS COMPRAS, ALGUM MOTIVO ESPECIAL?
- SIM, EU GOSTO DE ESTAR PREPARADA PARA MOMENTOS ESPECIAIS.
- HUM..MUITO BOM...VOCÊ VAI FICAR MUITA LINDA VESTIDA ASSIM.
- VOCÊ QUER VER? VEM COMIGO ATÉ O PROVADOR!
ELE FICOU ALUCINADO. AS VENDEDORAS DA LOJA SE OLHARAM, COM AQUELE OLHAR MALICIOSO DE QUEM IMAGINAVA O QUE IA ROLAR.
ELE A SEGUIU ATÉ A CABINE QUE ERA BEM RESERVADA E INDIVIDUAL EM ESPAÇOS BEM DIMENSIONADOS PRA QUE O CASAL TIVESSE PRIVACIDADE.
- ACHO QUE VOCÊ JÁ ME CONHECE BEM E NÃO PRECISA ESPERAR LÁ FORA, NÃO É?
ELA COMEÇOU A TIRAR A ROUPA NA FRENTE DELE, E ELE FICOU EM PÉ ENCOSTADO NA ENTRADA DA CABINE, DE BOCA ABERTA.
QUANDO ESTAVA NUA, ELE PERDEU TOTALMENTE O TINO, TOMOU-A NOS BRAÇOS E LHE DEU UM BEIJO, CHEIO DE MUITA SAUDADE E DESEJO, ACUMULADOS DE TANTO TEMPO QUE ESTAVAM SEPARADOS.
LOGO, ESTAVAM SE ESFREGANDO, E ENTRE GEMIDOS, ELA SUSSURROU ALGUMA COISA COMO:
- TIRA ESSA CALÇA AGORA, QUE EU QUERO TE COMER AQUI.
ELE ARREGALOU OS OLHOS, E DISSE: - AQUI?
- ISSO... ASSIM... DESSE JEITO, COMO SEMPRE, RÁPIDO, URGENTE, COMO EM TODAS AS OUTRAS VEZES, EU TE QUERO ASSIM, DESSE JEITO LOUCO.
E ALI MESMO, DENTRO DAQUELE PROVADOR, ELE A SEGUROU PELAS ANCAS, ABRIU O ZÍPER E A ENCAIXOU FORTEMENTE EM SEU MEMBRO, EM SUAS CARNES JÁ MOLHADAS PELO DESEJO QUE A TOMOU DESDE QUE ESTAVA OLHANDO AQUELAS ROUPAS E PENSANDO NOS ENCONTROS CHEIOS DE TESÃO QUE HAVIA VIVIDO COM ELE MESMO.
ASSIM, ELES FIZERAM AMOR DENTRO DO PROVADOR DE UMA LOJA DE LINGERIE...
ONDE COMBINARAM QUE NÃO SE DEIXARIAM MAIS, COMO SEMPRE FIZERAM DE OUTRAS VEZES PASSADAS.
ASSIM QUE SAÍRAM, ELE TOMOU TODAS AS ROUPAS QUE NÃO CHEGARAM A EXPERIMENTAR E PAGOU-AS NO CAIXA, SOB O OLHAR INTRIGANTE DAS MENINAS DO BALCÃO, E COCHICHOU NO OUVIDO DELA, QUE ELE GOSTARIA DE VÊ-LA VESTIDA, COM TODAS AQUELAS ROUPAS, PRA QUE ELE PUDESSE TIRA-LAS, UMA A UMA, BEM DEVAGAR, DO JEITO QUE ELA GOSTAVA, QUANDO ELES FAZIAM AQUILO QUE NASCERAM PRA FAZER.
VALENTINA FRAGA
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