Havia algum tempo, desde que se tocaram pela primeira vez. Naquele intervalo entre as consultas, apesar da vontade que chegava a incomodar, os modos naturais de Ana, não permitiam que ela tentasse qualquer tipo de contato, apesar de saber onde encontra-lo e possuir várias outras formas de se comunicar com seu médico.
Esperou pacientemente pela outra consulta. Hoje ela estava exuberante. Cabelos lisos e bem pretos, uma maquiagem bonita. Excepcionalmente usava uma saia justa, blusa com decote v e saltos médios, coisa que fugia à rotina, em função de suas atividades diárias.
No mesmo momento em que chegou ao consultório e parou no balcão de atendimento para identificar-se ele saiu do consultório. Se olharam, e logo se perceberam, e o desejo dos dois aflorou de forma surpreendente. Não demorou muito, ele veio à porta e a chamou. Ana levantou-se sorridente e entrou no consultório. Viu que ele passou a chave na porta e ficou rubra.
Ele chegou bem perto, deu-lhe um abraço forte e disse que ela estava linda e que estava com saudades.
Reclamou sua ausência, e ela disse: Por favor, entenda, eu sou assim, vamos aproveitar agora que eu estou aqui.
Ele então, tomou-a nos braços e beijou-a demoradamente.
O tempo era curto, sempre curto. Isso era como um carma na vida de Ana. Todos os melhores momentos de sua vida, nunca duraram muito.
Encostaram-se na cama disponível no consultório, e ele já estava teso, ela podia sentir.
Havia tão pouco tempo para o tanto que gostariam de sentir...
Mais uma vez não puderam se entregar totalmente. Tocaram-se, sentiram um ao outro de forma íntima e logo, estavam molhados seus sexos, e pronto para saciar todo o desejo que inundava suas mentes. sabiam que mais uma vez não aconteceria de forma completa, porque ali não era o local. Certamente a arena mais imprópria pra se jogar uma boa partida.
Assim, combinaram outro dia, com data e hora marcada pra que tudo acontecesse como haviam imaginado desde a primeira vez.
Valentina Fraga
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